FOLHA
KENNEDY ALENCAR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Na hora em que esquentou a disputa interna no PSDB entre José Serra e Geraldo Alckmin, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem dito a caciques tucanos que considera o prefeito paulistano a melhor opção do partido para concorrer ao Planalto.
A tomada de posição de FHC é um revés para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que também postula a indicação.
Em conversas reservadas, sempre com muito jeito para não ofender Alckmin, FHC tem deixado claro para caciques tucanos que considera Serra o político mais preparado do PSDB para ser presidente. A Folha apurou que essa avaliação, antes feita apenas para interlocutores íntimos, já chegou a governadores, senadores e deputados federais do PSDB.
Procurada ontem pela Folha, a assessoria de FHC disse que ele viajou ao exterior para dar palestras. Em novembro passado, FHC contestou informação, publicada na coluna Mônica Bergamo, de que ele teria dito a interlocutores que Serra seria mais "competente" para derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
FHC, que ocupou o Palácio do Planalto por dois mandatos (1995-1998 e 1999-2002), será um dos principais "eleitores" do colégio interno tucano que escolherá entre Alckmin e Serra.
Em suas análises, FHC considera que tanto Serra quanto Alckmin derrotam Lula se o petista tentar se reeleger. Acha, portanto, que têm pouca importância discussões sobre quem estará à frente nas pesquisas na hora da escolha tucana e quem teria maior capacidade de fazer alianças.
FHC diz que o PSDB fará, na virada de fevereiro para março, a escolha do virtual presidente. Daí dizer em conversas reservadas que o fundamental é refletir sobre qual dos dois, Alckmin ou Serra, seria "o melhor presidente".
Na opinião do ex-presidente, o Brasil teria esgotado um ciclo econômico no qual a grande prioridade era o combate à inflação. Chega a elogiar o governo Lula nesse aspecto, dizendo que o lado bom de o petista ter adotado uma política econômica mais ortodoxa do que a sua foi afastar o risco de retorno da inflação.
Agora, tem dito FHC, a prioridade é desarmar uma armadilha na qual ele e Lula caíram: crescimento econômico baixo e juros altos. Nesse contexto, avalia que Serra tem "mais bagagem" para mudar a política econômica.
Já Alckmin, pensa o ex-presidente, adotaria um receituário muito próximo ao atual, do qual FHC se tornou crítico apesar de tê-lo inaugurado no país.
FHC costuma perguntar a interlocutores quem teria mais condições de negociar com os EUA uma eventual retomada da Alca (Área de Livre Comércio das Américas). Ele mesmo responde que seria Serra.
Há ainda dois outros motivos, um pessoal e outro político, para o ex-presidente defender Serra. A razão pessoal: é amigo de Serra desde os anos 60.
Apesar de dizer que o prefeito teria um gênio muito difícil, FHC faz a ressalva de que Serra foi sempre um bom amigo quando ele, o ex-presidente, passou por dificuldades. FHC sente dever apoio a Serra também por lealdade pessoal.
O segundo motivo seria o que FHC chama de "fila na política". Crê que Serra perdeu uma eleição presidencial (2002) impossível de ser ganha e que, do ponto de vista histórico e administrativo, tem mais peso que Alckmin. Exemplos: lutou contra a ditadura militar de 1964, foi principal secretário do governo Montoro (1982-1986), ex-ministro do Planejamento e da Saúde e prefeito da maior cidade do país, além de sua carreira como economista.
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