Entrevista:O Estado inteligente

sábado, maio 17, 2008

RADAR

Lauro Jardim
e-mail: ljardim@abril.com.br

Economia

Conjunção de altas
O mercado financeiro aposta numa conjunção de altas para o fim deste ano: o crescimento do PIB e a inflação ficariam um pouco acima dos 5% e os juros chegariam a 13%, no mínimo.

Governo

Preocupação com o verde
Na reunião de uma hora que teve no fim da tarde de terça-feira com o presidente da Abdib, Paulo Godoy, e Ricardo Teixeira, da CBF, mais os assessores de ambos, Lula parecia tranqüilo – apesar da demissão de Marina Silva, ocorrida horas antes. A conversa foi, de certo modo, uma grande mesa-redonda esportiva. Fumando sua cigarrilha, Lula só demonstrou preocupação com o verde quando discorreu sobre o estado dos gramados dos estádios brasileiros.

Elogio para inglês ver
Lula, na verdade, esforçava-se para parecer tranqüilo. Até o embarque para Lima, na quinta-feira, não havia engolido o fato de ter sido informado do pedido de demissão de Marina pela imprensa. Nada disso, porém, fará Lula mudar sua rotina de, na transmissão de cargo, encher de elogios o ministro que sai. O caso mais recente foi o de Matilde free shop Ribeiro.

Relação trincada
A relação entre o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, e o ministro Edison Lobão já viveu melhores dias.

Disputa sem méritos

Dida Sampaio/AE

Lailson Santos

Lula: quase um recorde

FHC: ficou atrás

Se a média de medidas provisórias enviadas neste ano ao Congresso for mantida, Lula poderá, em julho, encher o peito e soltar o bordão: "Nunca antes neste país um presidente... editou tantas MPs". Com as medidas provisórias da semana passada, Lula atingiu 328 MPs, segundo levantamento da consultoria Arko Advice. Uma média de 3,8 por mês em 2008. Em seus oito anos de poder, FHC editou 334. Lula, que na oposição bradava contra as medidas provisórias, hoje não vive sem elas – apesar da chiadeira do Congresso.

Eleições 2008

Está combinado, mas...
Lula disse a mais de um interlocutor que já conversou com Ricardo Berzoini para que a reunião do Diretório Nacional do PT, no dia 30, derrube o veto à aliança entre petistas e tucanos em Belo Horizonte. Se valer o combinado, o diretório lançará um documento aprovando a coligação com o PSB e não fará nenhuma menção ao PSDB – deixando, assim, o caminho livre para o acordo com Aécio Neves. Bem, isso é o que foi combinado na semana passada. Se é o que vai acontecer no dia 30, já é outra história.

Ambiente

O desmatamento e o fast-food
No momento em que a questão do desmatamento na Amazônia está pegando fogo, é bom ficar de olho numa reunião do dia 5 de junho, em Bruxelas. Os principais compradores europeus de subprodutos da soja brasileira (óleo, carne de frango e boi) vão se reunir para discutir se mantêm a moratória na compra de grãos plantados em áreas de desmatamentos na Amazônia. Na mesa, estarão pesos-pesados como McDonald’s, KFC e Carrefour. O prazo da moratória – decidida em 2006 por pressão desses compradores – acaba em julho. O lobby dos dois lados, sojicultores e ambientalistas, é poderoso.

Minc com a palavra
O que dirá do assunto o novo ministro Carlos Minc, que já andou batendo boca com o governador Blairo Maggi, um dos maiores plantadores de soja do mundo?

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Negócio (quase) fechado
A holding ABC, de Nizan Guanaes, está fechando a compra do controle da Loducca, da qual já é sócia. A participação nas ações da agência passará de 20% para 51%.

Brasil

Grampos curtos e longos
Pouca gente aqui na "grampolândia" sabe, mas, segundo a lei, os pedidos de escuta telefônica à Justiça são concedidos por quinze dias, prorrogáveis por mais quinze. Ninguém, no entanto, cumpre a lei – a própria Justiça tem permitido a extensão desse prazo legal. Mas isso pode mudar. O STJ está, desde a semana passada, discutindo o processo de uma escuta que durou dois anos. O advogado de defesa, Antônio Carlos de Almeida Castro, pede que a ação, que resultou na condenação do cliente, seja anulada exatamente por esse motivo. O primeiro voto, do ministro Nilson Naves, foi pela manutenção do prazo legal. A votação continua nesta semana. Se mais um ministro seguir o voto de Naves, será a primeira vez que uma condenação num processo que envolve escuta telefônica terá sido anulada.

Os reis das rádios brasileiras

Fotos Divulgação e João Raposo
Roberto Carlos e Rick: líderes há dois anos

Nada de novo na música que os brasileiros ouvem. Essa é a conclusão que se tira da lista dos dez compositores mais tocados nas rádios em 2007: são exatamente os mesmos do ano anterior, segundo um levantamento inédito do Ecad. Na ponta, Rick (da dupla Rick e Renner), seguido por Roberto Carlos. Da relação, constam ainda medalhões, como Caetano Veloso (7º lugar), Gilberto Gil (10º), Djavan (6º) e Erasmo Carlos (4°). No ano passado, foram distribuídos 250 milhões de reais aos artistas pelas execuções em rádios. Esses compositores, no entanto, não fizeram nenhuma das dez músicas mais tocadas nas rádios. Nessa listagem, as quatro primeiras colocadas integraram trilhas de novelas ou tocaram no Big Brother – como a líder Big Girls Don’t Cry, com a cantora americana Fergie.

Refrigerante

A Coca Light não pára de emagrecer
A Coca-Cola Light continua seu processo de emagrecimento. Em abril, chegou ao seu ponto mais baixo de participação no mercado, desde que foi lançada, há onze anos: 1,2%, ante o 1,3% de março. A culpada por essa perda é a Coca-Cola Zero, que passou de 4% para 4,1% entre março e abril. Desde que a Coca Zero foi lançada, catorze meses atrás, a Coca Light perde consumidores para a irmã mais nova. Há um ano, a Light era dona de 3,5% do mercado.

Água de guaraná
Surfando na onda do H2OH!, ou seja, uma água levemente gaseificada e com sabor, a AmBev está lançando nos próximos dias o Guarah, uma espécie de água com a essência do Guaraná Antarctica.

Tecnologia

Só no fim do ano
A Claro fechou acordo com a Apple para vender o iPhone no Brasil, mas o aparelho só deve estar disponível para o consumidor no quarto trimestre.

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