Lauro Jardim
e-mail: ljardim@abril.com.br Lula quer festa no porta-aviões Fotos Ricardo Stuckert/PR, Antonio Gaudério/Folha Imagem/Digital
| O porta-aviões: Lula quer enchê-lo de gente na inauguração de Tupi | Está vendo este navio aí em cima? É o porta-aviões São Paulo, comprado da Marinha francesa em 2000. Na falta de uso em manobras de guerra, será palco de uma megaoperação do governo Lula – a inauguração do campo petrolífero de Tupi, no litoral do Rio de Janeiro. O que um porta-aviões tem a ver com petróleo? Lula encomendou ao ministro Edison Lobão uma comemoração ufanista para celebrar os primeiros 20 000 barris diários, que começam a jorrar em meados de 2009. A idéia é embarcar no São Paulo artistas, políticos, empresários, atletas e celebridades para que assistam juntos à extração dos primeiros barris. | • Governo Lula não quis gravar
Ninguém sentiu falta, mas Lula não cumpriu na semana passada um ritual anual de todos os presidentes – aparecer em cadeia de rádio e televisão falando sobre o 1º de maio. A gravação estava marcada para terça-feira. Em cima da hora, Lula cancelou tudo. No próprio Palácio do Planalto atribui-se o fato à popularidade em alta do presidente. Na verdade, seja com Lula ou com outro qualquer, o Brasil pode prescindir tranqüilamente desses enfadonhos pronunciamentos anuais. Não chegou ao teto
A propósito da popularidade de Lula, em seu entorno trabalha-se com a expectativa de nova subida nas pesquisas – agora, embalada pelo grau de investimento. Nas nuvens com Collor
Girou basicamente acerca de economia a conversa entre Lula e Fernando Collor durante o vôo Brasília–Maceió–Brasília, na quarta-feira passada. Além dos dois, a cabine do Aerolula deu carona para Renan Calheiros e para os ministros Geddel Vieira Lima e José Múcio. Lula falou mais do que ouviu. Energia vermelha
Como parte da estratégia de fazer da Eletrobrás uma Petrobras do setor elétrico, o governo deve anunciar nos próximos dias a nomeação de Flávio Decat para presidir uma nova estatal. Será uma empresa que reunirá distribuidoras de energia do governo federal, hoje espalhadas por sete estados. Todas no vermelho. Se ninguém chiar...
O Palácio do Planalto anda vazando a possibilidade de Antonio Palocci voltar ao ministério se o STF inocentá-lo no caso do caseiro Francenildo. Por enquanto, é um daqueles balões-de-ensaio para testar a reação da opinião pública. Se colar, o governo segue em frente – mas não será na Fazenda. • Aviação Azul nos céus
Na segunda-feira, será divulgado o nome da empresa aérea brasileira que o americano-brasileiro David Neeleman bota nos ares no início de 2009. A escolha está sendo feita pelo distinto público, via internet. Se a votação tivesse terminado em meados da semana passada, a companhia seria batizada de Azul – um nome que remete a JetBlue, a empresa fundada por Neeleman nos EUA e que lhe deu fama no setor. • Cerveja Motivo de polêmica
A Schincariol lança neste mês no Nordeste a lata de Nova Schin com uma tampa protetora de alumínio. A solução, que outras empresas já usam, é motivo de uma pequena guerra no setor: o sindicato que reúne a AmBev e a Femsa fez campanha publicitária contra. Alegou que esse tipo de embalagem não protege a lata contra a formação de bactérias. Uma liminar na Justiça proibiu a campanha. • Economia De olho na saúde
A Philips está finalizando a compra da Dixtal, fabricante brasileiro de monitores hospitalares. Vai pagar 180 milhões de reais pela empresa. É a segunda aquisição da Philips no setor de saúde no Brasil em menos de um ano. Os emergentes pedem passagem Pedro Rubens
| Telles: de olho nas "indústrias velhas" dos EUA e da Europa |
As "indústrias velhas" dos EUA e da Europa – como siderúrgicas, ferrovias, cervejarias – serão dominadas pelos emergentes. Marcel Telles, que já é sócio de ferrovia nos EUA (a maior da costa leste do país) e de cervejaria na Bélgica (a InBev, a maior do mundo), tem desenvolvido essa hipótese com alguns interlocutores. Ele avalia que, embora relativamente simples de administrar, esses são negócios com péssima gestão no Primeiro Mundo – e, apesar disso, lucrativos. Para ele, os jovens americanos mais capacitados não querem saber de trabalhar nesse tipo de indústria – os jovens lá de fora estão basicamente voltados para o setor de tecnologia. Por isso, abre-se uma enorme janela para brasileiros, mexicanos, indianos, sul-africanos e outros emergentes. | • Futebol Briga de milhões
O tempo voltou a fechar entre a CBF e a Vivo, uma das patrocinadoras oficiais da seleção. No meio do imbróglio, o contrato de 4 milhões de dólares anuais pagos pela operadora. A CBF quer o triplo. Ricardo Teixeira diz que vai "até as últimas conseqüências para acabar com esse contrato". Ou seja, recorrerá novamente à Justiça. A Vivo diz que tem interesse em arranjar uma solução. No meio do cabo-de-guerra, apareceu a Oi. Os próprios donos, Carlos Jereissati e Sérgio Andrade, disseram que estão interessados na seleção. Vai aumentar
A propósito de contratos, em menos de sessenta dias a CBF deve anunciar um reajuste no contrato entre a Nike e a seleção. A renegociação é resultado do megacontrato de 63 milhões de dólares fechado entre a Nike e a seleção da França – quase o triplo do que a CBF recebe da empresa. • Copa 2014 Mineirão no chão?
Um dos projetos que o governo de Minas Gerais tem na mesa para preparar o Mineirão para a Copa de 2014 é simplesmente demoli-lo sem dó nem piedade. O prudente Aécio Neves gosta do projeto. Mas acha que demolir o estádio poderia ter um custo político grande. | | |