O Globo |
12/1/2007 |
Faz pouco tempo, descrevi aqui o meu primeiro assalto (enquanto vítima, naturalmente), ocorrido mais ou menos no tempo em que as senhoras usavam anquinhas. Parecia que estava pedindo: o segundo foi no sábado passado. Na verdade, tecnicamente, o que houve foi um arrombamento com furto no apartamento em que moramos em Botafogo. Mas não custa nada chamar de assalto. Como coisas desagradáveis só acontecem com os outros, jamais usamos cadeado ou tranca nas portas do apartamento. Fica no vigésimo quinto andar, e que ladrões iriam tão alto? Pois descobrimos que alguns sobem. Como os nossos. Sábado passado, saímos de casa às duas da tarde e voltamos às quatro. Encontramos a porta dos fundos arrombada com um simples golpe de chave de fenda. Prejuízo: jóias, dinheiro, dois laptops, um iPod. Pior, o fim da sensação de segurança. Da reação das autoridades, duas impressões opostas. A boa foi o atendimento na delegacia, cortês e razoavelmente rápido. Além disso, pouco demorou para aparecer lá em casa um perito para constatar o arrombamento. Mais tarde, uma eficiente dupla do Félix Pacheco, que conseguiu colher uma solitária impressão digital. Deve ser do pessoal da casa, mas a esperança é a última etc. O lado chato da história: até ontem de manhã ninguém da delegacia aparecera para investigar, ouvir porteiros e o que mais seja de seu ofício e fosse de seu interesse. Já na segunda-feira tínhamos tentado acrescentar à queixa uma descrição mais detalhada das jóias roubadas, mas - por alguma razão peculiar que não ouso entender - isso só poderia ser feito pelo policial que registrara a ocorrência. E ele só voltaria na quarta. Pode ser que haja alguma lógica nesse esquema de trabalho, mas nunca vi isso na televisão, onde todos os bandidos acabam presos. Imaginem só: a realidade não imita a ficção.
No nosso prédio as coisas não andaram melhor. Havia alguma esperança nas câmaras que vigiam a portaria. Os técnicos da firma de segurança não apareceram no primeiro dia porque a empresa estava em férias coletivas. Anotem: jamais marquem uma incursão de marginais no seu prédio quando estiverem de férias as firmas de segurança. Quando finalmente surgiu o funcionário da empresa, terça-feira, não vimos filmete algum referente ao dia do crime ou qualquer outra data recente. Descobriu-se - depois de horas de preparativos e tentativas - que o sistema não funcionara no dia do crime. Essa era a tese otimista. A pessimista apostava em câmaras cegas há meses. Enfim, estamos com as esperanças na CTI, mas ainda alimentamos o sonho de que policiais de qualquer delegacia - a do bairro ou alguma especializada (quatro dias depois do roubo ainda nos diziam que isso estava para ser resolvido) - apareçam no local do crime. Quanto mais não seja, para constatarem que, devido à demora, todas as pistas esfriaram e se derreteram. |
Entrevista:O Estado inteligente
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sexta-feira, janeiro 12, 2007
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