Entrevista:O Estado inteligente

sábado, janeiro 06, 2007

CLÓVIS ROSSI Prato pronto, bom e rápido


SÃO PAULO - Divido com o leitor a demonstração prática de que é, sim, possível discutir a questão do envolvimento das Forças Armadas na segurança interna sem o simplismo do "sim" ou do "não". Mais (e melhor): as sugestões são simples, práticas e de execução imediata ou muito rápida.
As propostas vieram de José Carlos de Faria Vieira, oficial da reserva do Exército brasileiro, com anos de trabalho como engenheiro militar na construção de estradas na Amazônia e no Centro-Oeste, professor e pesquisador do Instituto Militar de Engenharia, a primeira escola de engenharia das Américas, como ele faz questão de gabar-se. Direto às propostas:
"1 - Apoio logístico - As Forças Armadas estão presentes em todo o território nacional, em Estados ricos e pobres. Este apoio poderia ser traduzido em transporte, alojamento, empréstimo de equipamentos etc.".
"2 - Treinamento - Importante papel no preparo do corpo policial envolvido (preparo físico, ações em localidades, armamento, tiro, formação profissional, atualização). O potencial é grande. A área educacional das Forças Armadas está décadas à frente. Funciona".
"3 - Inteligência - Preparo, formação de quadros e contribuição efetiva no nível macro, nacional". Imagino que "contribuição efetiva no nível macro, nacional" signifique que os militares poriam a mão na massa, na área de inteligência, em vez de só formarem quadros.
Como se vê, não é nada do outro mundo, nada que exija 50 anos de análises e estudos antes de ser implementado, nada que tenha que passar, a não ser velozmente, por "Conselhões", "conselhinhos", "gabinetes integrados de segurança", o diabo a quatro.
Resolve o problema? Não. Nessa questão não há bala de prata. Mas que dá, à primeira vista, um baita impulso, lá isso dá. Vamos lá, gente?

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