Entrevista:O Estado inteligente

sábado, junho 17, 2006

Folha de S.Paulo - Editoriais: Ambiente insalubre

RELATÓRIO da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que 24% do
fardo das doenças (anos de vida saudável perdidos) e 23% dos óbitos
(mortalidade prematura) estão diretamente ligados ao meio ambiente.
Isso significa que problemas ambientais matam 13 milhões de pessoas
por ano no planeta. Medidas de prevenção simples poderiam salvar a
vida de milhões delas. Só entre crianças, parcela da população que
mais sofre com os desequilíbrios, a OMS calcula que 4 milhões de
óbitos seriam evitados.
As moléstias de relevância epidemiológica mais diretamente ligadas ao
ambiente são diarréias, infecções das vias respiratórias inferiores,
acidentes não-automobilísticos e a malária.
De acordo com o estudo, 94% das diarréias seriam evitadas através de
melhorias no tratamento de água, na coleta de esgoto e nos hábitos de
higiene da população. Em relação às infecções respiratórias, 41%
delas são provocadas por fatores ambientais, como a utilização de
lenha dentro de casa, poluição externa e fumaça de cigarro. No caso
da malária, 42% das infecções se devem a problemas como o
desmatamento e o manejo inadequado dos recursos hídricos, que
favorecem a proliferação do mosquito transmissor da doença.
Outras patologias com importante fator ambiental citadas pelo
relatório são: acidentes automobilísticos, doenças pulmonares
crônicas, moléstias perinatais, infartos, desnutrição,
envenenamentos, câncer de pulmão.
Várias medidas são sugeridas para tentar reduzir a mortalidade e a
morbidades de todas essas doenças. Elas incluem algumas bastante
simples e relativamente baratas, como o armazenamento seguro da água
de uso doméstico, a adoção de medidas de higiene mais adequadas e
outras mais difíceis, embora não infactíveis, como a utilização de
fontes de energia menos poluentes e a redução do desmatamento.

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