Entrevista:O Estado inteligente

sábado, novembro 19, 2005

FERNANDO RODRIGUES Repeteco

FSP

 BRASÍLIA - OK, está cedo para fazer previsões, mas o peso sobre o palanque do PSDB ontem indicava que novamente pode haver uma disputa polarizada entre os republicanos (PSDB) e democratas (PT) brasileiros na eleição presidencial de 2006.
Noves fora os discursos e a verborragia pura dos tucanos reunidos para entronizar Tasso Jereissati na presidência da sigla, a mensagem explícita ali era a seguinte: 1) o PSDB terá candidato a presidente da República; 2) PFL, PP, PDT e PPS estão prontos para apoiar, a depender do que for oferecido em troca.
Podem parecer conclusões óbvias, mas até recentemente havia um lero-lero nos partidos de centro e centro-direita sobre lançarem candidato próprio ao Planalto. A fragmentação era excessiva. Muitos tucanos ameaçavam refugar com medo de saírem sozinhos na disputa.
Hoje, ninguém mais acredita que seja possível, por exemplo, o PFL lançar Cesar Maia -nem ele próprio. O PP não tem nomes. É uma agremiação cheia de mensaleiros. Paulo Maluf é um farrapo político e, no máximo, sai a deputado federal. PDT e PPS são siglas inexpressivas para terem candidatos viáveis.
O que PFL, PP, PDT e PPS podem oferecer? Tempo de TV. Num país continental como o Brasil, o maior ativo que esses partidos têm é o horário eleitoral gratuito. Não se ganha a eleição apenas com propaganda, mas sem ela fica muito mais difícil -apesar de FHC ter dito ontem não precisar de marqueteiros.
Do outro lado do espectro sobram o PT e o PMDB. Os petistas, por óbvio, terão candidato. O PMDB oscilará até o último momento.
Quem mais a esta altura poderá pensar em lançar candidato competitivo ao Planalto? Ninguém, até onde a vista alcança. Sobra, é claro, o espaço para um aventureiro.
Fora algum ponto fora da curva, a tendência é 2006 repetir 2002, com PT e PSDB prometendo as mesmas coisas. Ninguém merece.

@ - frodriguesbsb@uol.com.br

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