Entrevista:O Estado inteligente

sábado, novembro 26, 2005

As manchetes deste sábado ajudam a campanha da reeleição...

- JB: Renda pára de cair no Brasil - Aperto castiga a classe média

- Folha: - Ricos ficam mais pobres e concentração de renda cai

- Estadão: IBGE: renda pára de cair e Brasil faz algum avanço

- Globo: Governo Lula reduz mais a desigualdade, mostra IBGE

O IBGE ALTEROU O MÉTODO DE PESQUISA.

O resultado está nesta última, que dá condição para esta propaganda explícita da re-eleição .

BLOG Josias de Souza:

"IBGE: sob Lula, diminuem as desigualdades"

"Festejada ontem por Lula, a notícia é destaque em todos os jornais deste sábado: No ano passado, o trabalhador brasileiro viu sua renda ficar estagnada em comparação com 2003. Mas houve um aumento no número de empregos e uma pequena redução da desigualdade. São as principais conclusões da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2004, divulgada ontem pelo IBGE.


Segundo o instituto, o número de empregos aumentou 3,3% em relação a 2003, acréscimo de 2,7 milhões de trabalhadores ocupados no segundo ano do governo Lula. A taxa de desemprego caiu de 9,7% para 9%, o equivalente a 8,2 milhões de desempregados.


Esse aumento de 3,3% foi o segundo melhor da série histórica iniciada em 1992. Só não foi mais positivo do que o verificado de 2001 para 2002, último ano do governo FHC, quando houve alta de 3,8% no número de ocupados.


Porém, a renda média do trabalhador permaneceu estagnada em R$ 733, já descontada a inflação do período. Com isso, ainda não foi naquele ano que o trabalhador começou a recuperar a perda de 18,8% verificada desde 1996, quando a renda atingiu seu pico e, desde então, só caiu.


Mesmo sem crescimento na renda, a queda no rendimento dos mais ricos, o recuo da inflação e o aumento real do salário mínimo permitiram uma melhor distribuição da renda do trabalho.


A renda média cresceu 3,2% para a metade dos trabalhadores que ganham menos. Nos 50% que ganham mais, no entanto, ela caiu 0,6%. Se forem considerados apenas os 5% de trabalhadores de mais alta renda no ano passado, a queda foi ainda maior, de 1,6%."

Escrito por Josias de Souza

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Afora as MANCHETES que é o que o povão lê - pode-se ler no interiormatérias informações como essa de O GLOBO:

A renda média do trabalhador brasileiro em 2004 foi de R$ 730. A partir do ano passado, o IBGE passou a investigar também os domicílios das áreas rurais do Norte, antes ausente da Pnad. Foram feitas entrevistas em 140 mil moradias em todo o país, para traçar um quadro dos 51,8 milhões de domicílios brasileiros. Para efeitos de comparação com anos anteriores, o instituto excluiu os dados do Norte rural — com isso, a renda do trabalho ficou em R$ 733, exatamente a mesma de 2003. Em relação a 1996, pico de rendimento na década passada, há queda de 18,8%.

Foi a primeira vez que não houve queda na renda desde 1997. E os rendimentos só ficaram estagnados porque a fatia mais rica dos trabalhadores teve perda — a renda dos mais pobres, por sua vez, subiu.

O ideal seria que todos ganhassem. Se a economia teve expansão de 4,9% e o rendimento do trabalho não aumentou, isso significa que a renda cresceu em outro lugar (no setor financeiro ou nas empresas) — afirma João Saboia, diretor do Instituto de Economia da UFRJ.

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