FSP
Depois que a mulher passa a fase de ter filhos, de acreditar no amor eterno e de ter verdadeiro pânico de entrar sozinha numa festa, a melhor coisa do mundo é ter um namorado que more em outra cidade, a no mínimo duas horas de distância de avião.
Namorar é difícil, muito mais do que parece. Se um dos dois gosta de sair toda noite e o outro dá a vida para pegar um livro e ficar bem quietinho em casa, como é que fica? E se alguns -eles- falam em dois telefones ao mesmo tempo, o fixo e o celular, e elas odeiam? E ainda tem o capítulo amigos.
Depois dos 30 é difícil fazer novas amizades, e mais difícil ainda ficar amiga das mulheres dos amigos dele; e é engraçado porque eles nunca ficam amigos dos maridos de nossas amigas, somos sempre nós que temos que entrar na turma deles.
A rigor, uma mulher apaixonada não tem olhos, ouvidos, olfato, assunto, capacidade, tempo ou vontade para falar de outra coisa, a não ser dele -o que disse, será que, e por aí vai. Pobres das amigas das mulheres apaixonadas: elas sofrem. Sofrem mas agüentam, porque sabem que vai chegar o dia da outra ter que ouvir tudo, e uma mão lava a outra, como todo mundo sabe.
Estar apaixonada(o) é o inferno em vida. Se vão à festa juntos, um dos dois -geralmente ele- fica feito um escoteiro, sempre alerta, olhando e avaliando as gostosas. Ou, se é ciumento, procura descobrir para onde ela está olhando. Como ninguém vai à festa para ficar olho no olho, dá tudo errado, e na volta para casa pode haver aquele silêncio pesado, que precede o "precisamos discutir a relação" -que tal? Aliás, devia ficar combinado: a partir do momento em que é preciso "ter uma conversa", já acabou. Assim não se atravessa noites falando, perdendo tempo e sofrendo -um de ansiedade, e o outro olhando discretamente o relógio, pensando que já são 2h, e o professor de ginástica vai chegar às 6h30.
Por essas razões -e muitas outras- é bom ter um namorado que more bem longe. A cada 30 dias um encontro de uma semana, quando os dois estarão tão loucos para se ver que nada nem ninguém vai conseguir atrapalhar.
Enquanto estiverem separados, é o tempo de fazer coisas: ginástica, cuidar da pele, das plantas, cultivar o espírito -para ter assunto- e viver naquela espera deliciosa, sabendo que em pouco tempo vão estar juntos.
Durante esse afastamento, quem quiser fazer charme faz (sem exageros), quem quiser namorar (um pouco) namora, tudo pode -sem que o outro saiba, é claro. Quando se encontrarem, por poucos dias, vai ser uma felicidade só, ou, como se diz agora, tudo de bom. Durante esse tempo, nada, rigorosamente na-da, deve atrapalhar. Nada de brigas, discussões, ciúmes e, sobretudo, conversas. Planos, só para daí a 30 dias, quando vão estar juntos de novo.
Alguma mulher quer isso? Claro que não. Elas querem namorar o tempo todo, falar com eles no telefone dez vezes por dia e, à noite, quando se encontrarem, perguntar "como foi seu dia". Depois elas não entendem por que os homens têm tanto pânico de namorar. Aliás, de namorar, não.
De se relacionar, como elas preferem -que coisa.
Entrevista:O Estado inteligente
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