Entrevista:O Estado inteligente
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sexta-feira, abril 22, 2005
LUÍS NASSIF: Monetaristas e metas inflacionárias
Nas críticas contra a política de "metas inflacionárias", pouco espaço tem sido dedicado aos "monetaristas" -os economistas formados em Chicago, de uma escola que preponderou nos bancos centrais durante muitos anos, de controlar a inflação por meio dos chamados "agregados monetários". A dificuldade em controlar e identificar a "velocidade de circulação da moeda" fez com que essa escola fosse desbancada pela teoria das metas inflacionárias nos banco centrais.
Recebo artigo de Rubens de Freitas Novaes, com doutorado em Chicago, reavivando velhas lições dos monetaristas.
Tudo na política econômica gira em torno da escolha de objetivos e instrumentos, diz ele. Normalmente objetivos são a inflação, a atividade econômica (produto e emprego) e o equilíbrio do balanço de pagamentos (reservas ou conta corrente). E os instrumentos são, em tese, as políticas: monetária, fiscal e cambial.
Diz ele que, em um regime de câmbio flexível, pode-se admitir que a preocupação com o balanço de pagamentos desapareça, já que a flutuação do câmbio, por si só, dá conta do recado. Admite que essa simplificação não vale para países com altos níveis de endividamento externo.
Há um instrumento, a política monetária -visto que a fiscal é praticamente dada no curto prazo-, e dois objetivos conflitantes. Haveria a necessidade de uma "função-objetivo", determinada por escalões políticos, conferindo pesos para cada variável, para impedir que os dirigentes do Banco Central, por si, arbitrassem os "trade-offs" inevitáveis.
No caso brasileiro e no de muitos outros países, simplificou-se a questão, estabelecendo-se apenas uma meta de inflação a ser perseguida, diz ele. "E, para alcançá-la, o Banco Central vale-se apenas do controle da taxa básica dos títulos públicos", diz ele.
No passado, os BCs preferiam adotar o controle dos agregados monetários. O conceito foi superado pela dificuldade de determinar o conceito monetário mais relevante para a explicação das flutuações da demanda agregada (nível de atividade).
Mesmo assim, o Banco Central atual se esqueceu de um princípio fundamental de política monetária: o conflito entre expansão monetária e taxas de juros.
Quando a oferta monetária (e de crédito) se expande em razão basicamente das operações de "open-market" (compra e venda de títulos públicos), inexiste a possibilidade de conflito, já que a subida da taxa Selic significaria, inquestionavelmente, aperto monetário.
No entanto, afirma ele, existem outros canais de expansão monetária (compra de reservas externas, déficit do Tesouro e modificações nos depósitos compulsórios). Pode-se ter uma política monetária frouxa, mesmo com taxas de juros elevadas, desde que a moeda esteja suficientemente descontrolada. Em outubro passado, Novaes já alertava para esse descompasso.
Ele não considera justo atribuir caráter inflacionário à política fiscal do atual governo "quando as receitas crescem, sistematicamente, mais que as despesas públicas (redução do déficit nominal)".
Folha de S.Paulo
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