Entrevista:O Estado inteligente
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quinta-feira, abril 14, 2005
Janio de Freitas: Clarinada
É preciso resolver o problema dos corneteiros. Enquanto o problema dos corneteiros não estiver resolvido, não se pode falar em processo verdadeiro de justiça social no Brasil. O governo se ocupa com a compra de aviões de caça de última geração, submarinos que se orientam por inteligência informática, porta-aviões cujo custo de manutenção nem a marinha francesa agüentou, a ponto de vendê-lo -e ninguém resolve o problema dos corneteiros.
Afinal de contas, quantas Forças Armadas ainda têm a importante função de corneteiro? Estamos inundados de imagens da guerra no Iraque, com seus uniformes fantásticos e armas saídas da futurologia, mas ninguém viu por lá um corneteiro que fosse. Daí a consideração que merece, entre as reivindicações que nos passa o Movimento das Mulheres de Militares (desnecessário dizer que movimento por melhores soldos), o problema dos nossos corneteiros: aos da Marinha e da Aeronáutica é dado ascender, eventualmente até suboficial, mas o Exército nega tal direito. Nem que seja pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional, é preciso resolver o problema dos corneteiros.
Mas o governo não precisa esperar até essa solução para abrir uma exceção em uma de suas características principais: a falta de palavra para cumprir acordos. A lista dos acordos não cumpridos com partidos e com políticos é vasta. E cresce sem cessar, ainda há pouco até com um salto de extensão olímpica, no descumprimento, de uma vez só, dos numerosos acordos que resultariam na reforma ministerial.
É falsa a afirmação, proveniente do Ministério da Fazenda, de que desconhecia a correção de 23%, marcada para o mês passado, nos soldos dos militares em geral. A negociação em meados do ano passado foi amplamente noticiada. E dela participaram, direta e indiretamente, Lula e os ministros da Defesa e da Fazenda, com o acordo final de aplicar 10% de correção imediata e o complemento de 23% em março. Insatisfeitos embora, os militares concordaram.
Se a Fazenda deixou de se entender com o Planejamento, para inclusão da verba necessária nas obrigações orçamentárias deste ano, o problema, de fato, não é da sua competência: é da sua incompetência. Os militares estão em pleno direito de pôr a boca na corneta.
Muito pouco
Atenção: o projeto que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou, ontem, dito contra o nepotismo, não impede a nomeação de parentes de parlamentares e de integrantes do governo. Apenas impõe a restrição de que os nomeados o sejam para servir a seus padrinhos de nomeação ou em ambiente funcional por eles controlado.
Atenção outra vez: nenhuma culpa cabe ao relator pela quase insignificação do projeto. O deputado Sérgio Miranda, do pequeno bloco dos sérios, competentes e ativos, fez o que podia diante do risco de que a restrição ao nepotismo fira preceitos constitucionais, como a igualdade de direitos.
As nomeações de favores, que em geral são de compra de parlamentares e, portanto, não passam de desabrida corrupção política, só deixarão de existir com um tratamento rigoroso. Nada, porém, permite pressenti-lo.
É isso
A viagem foneticamente perfeita: Lula em Gana.
Folha de S.Paulo
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