Entrevista:O Estado inteligente

sábado, maio 10, 2008

Especialistas indicam os melhores guias

Para ler na viagem


Monica Weinberg

Lailson Santos
O executivo Gustavo Costa, 40 anos, usa os guias para organizar suas viagens: dicas de bons hotéis quatro-estrelas pelo preço de um de duas

A pedido de VEJA, um grupo de especialistas em viagem – entenda-se: gente que já rodou o mundo e não passa muito tempo longe de um avião – leu e avaliou seis dos best-sellers mundiais na prateleira dos guias de turismo.

Eles se dedicaram à análise daqueles guias destinados a duas das cidades mais procuradas por brasileiros no exterior: Buenos Aires e Nova York. Em julho, espera-se que o número de turistas que embarcam para tais cidades, motivados pela desvalorização do peso e do dólar perante o real, cresça 20% em comparação com as últimas férias. Para essas pessoas, escolher um bom guia de turismo pode ajudar a tomar decisões acertadas na hora de planejar – e evitar maus momentos fora de casa. Como cada qual viaja de um jeito e com certo orçamento, não existe um único guia que seja o melhor para todo mundo. É justamente aí que a avaliação dos especialistas revela sua utilidade, ao enfatizar pontos altos e baixos de cada um e, no final, diferenciá-los. Os comentários.

Destino: Buenos Aires

Lonely Planet (Argentina, só em inglês)
Ponto alto: as dicas alternativas ao roteiro tradicional, como praças menos lotadas e tão vibrantes quanto a Recoleta e shows gratuitos de tango ao ar livre bem menos turísticos do que os indicados pelas agências de viagem
Ponto baixo: resume demais explicações sobre ótimas atrações da cidade, como o Museu de Arte Latinoamericano, ao qual destina apenas cinco linhas. Quanto aos preços de hotéis e restaurantes, estão desatualizados quatro anos

Rough Guide (Argentina, em português)
Ponto alto: chama atenção pelos bons roteiros organizados por bairros. Outra vantagem é vir com informações específicas para brasileiros, entre as
quais cardápio típico traduzido para o português
Ponto baixo: não informa horários nem preços dos restaurantes, tampouco dá informações sobre como chegar aos lugares que indica

Time Out (Buenos Aires, em português)
Ponto alto: é o que fornece mais fotos e referências históricas sobre as principais atrações de Buenos Aires. Inclui ainda bons passeios para crianças
Ponto baixo: o número reduzido de restaurantes e hotéis a preços razoáveis – 75% deles cobram diária superior a 100 dólares

Frommer’s (Argentina, em inglês)
Ponto alto: o capítulo dedicado a hotéis e restaurantes deixa claro quando um lugar cobra um preço alto demais para o que oferece e garimpa estabelecimentos de bom serviço por um valor justo
Ponto baixo: é raso ao se referir às principais atrações da cidade, dedicando a elas apenas 20% das páginas relativas a Buenos Aires – ao passo que o restante delas trata de hotéis, restaurantes e compras

Destino: Nova York

Lonely Planet (em inglês)
Ponto alto: 20% dos passeios incluídos passam ao largo do roteiro turístico típico, com boas sugestões de galerias de arte, restaurantes e lugares para visitar a bordo de uma bicicleta
Ponto baixo: a atrações de alto nível como a Frick Collection, com seus El Grecos e Goyas, o guia reserva pouquíssimo espaço

Rough Guide (em inglês)
Ponto alto: bons roteiros organizados por bairros e resumos dos lugares que vão direto ao ponto
Ponto baixo: o serviço. O guia não justifica a escolha dos restaurantes que inclui e reserva apenas três páginas para a programação noturna da cidade

Michelin (em inglês)
Ponto alto: é o que reúne mais informações sobre atrações como o museu Metropolitan, cujas referências tomam vinte páginas com o que há de melhor para ver em cada uma de suas alas
Ponto baixo: o capítulo destinado a hotéis, restaurantes e compras responde por apenas 10% das páginas. Nos demais guias avaliados ele é algo três vezes maior

Time Out (em português)
Ponto alto: o serviço sobressai por duas razões: supera os outros na quantidade de hotéis e restaurantes e faz as devidas críticas a cada um. Inclui um bom roteiro para crianças
Ponto baixo: a maioria das indicações situa-se numa faixa de preço alta, portanto inacessível a quem viaja com menos dinheiro

Guia Visual (em português)
Ponto alto: é muito bem ilustrado. Ajuda a achar determinado quadro na parede de um museu ou a identificar detalhes arquitetônicos em prédios como o do Guggenheim, obra do americano Frank Lloyd Wright
Ponto baixo: o serviço. Não inclui o preço das atrações. Os hotéis e restaurantes estão organizados apenas por faixas. Também não informa como chegar aos lugares

VEJA TAMBÉM
Nesta reportagem
Quadro: A comparação dos guias
Certifica.com

Arquivo do blog