Favoritos como Hillary e Giuliani são destroçados na
largada para a escolha dos presidenciáveis americanos
Jim Cole/AP |
A vida é dura: Hillary Clinton ficou num amargo terceiro lugar |
Ser derrotado em Iowa não é o suficiente para estragar a candidatura de nenhum aspirante à Presidência dos Estados Unidos. Mas como dói. Sair em terceiro lugar, como aconteceu com a até recentemente favorita Hillary Clinton, foi o equivalente a um tombo espetacular logo na largada oficial da disputa. O estado de Iowa, com menos de 1% da população nacional, tem uma relevância política desproporcional a seu tamanho porque é lá que começa a escolha dos candidatos republicanos e democratas à Presidência. Eleitores comuns, mas membros de carteirinha dos dois partidos, escolhem seus preferidos – e 70% dos democratas disseram que não querem a senadora Hillary na Casa Branca. Os vitoriosos foram dois novatos que parecem despertar mais empatia junto aos respectivos eleitorados. O democrata Barack Obama, filho de pai queniano, infância passada na Indonésia e senador há apenas três anos, saiu coroado de glórias. Oito pontos porcentuais atrás, o populista bonitinho John Edwards. Entre os republicanos, ganhou Mick Huckabee, ex-governador do Arkansas, ex-pastor evangélico, ex-desconhecido nacionalmente que acredita na explicação criacionista para a origem da vida e cuja ascensão simboliza os candidatos-cometas que estão surgindo nessa emboladíssima campanha presidencial.