Entrevista:O Estado inteligente

terça-feira, agosto 15, 2006

Metroviários fazem campanha eleitoral "Nestepaiz" e deixam 2,8 milhões sem transporte. E daí?

BLOG REINALDO AZEVEDO


Até quando vamos conviver com isso? Por muito tempo ainda. Até que surjam lideranças políticas capazes de afrontar essa gente nos sindicatos, na política, nos debates de TV. As lideranças sindicais dos metroviários, um braço da CUT e, portanto, uma extensão do PT, decidiram interromper a circulação do metrô por um dia em São Paulo. Algum descontentamento salarial? Nada disso. Eles são contra a entrega da linha 4 do metrô para a administração de uma empresa privada por 30 anos. Essa empresa arca com uma parte dos custos de construção da linha e depois a opera. Nota: a obra está em curso. Nem pronta está. O acordo é a versão estadual de uma parceria público-privada, as tais PPPs, que têm o apoio do governo Lula. Por incompetência, a federal ainda não saiu do papel. Os "companheiros" do sindicato, sob o pretexto de que isso é um ensaio para a privatização do metrô, resolveram punir 2,8 milhões de pessoas. Os congestionamentos, nos horários de pico, transformam a cidade de São Paulo num caos. A paralisação completa contraria determinação do TRT. Mas e daí? Desde quando os sindicatos, as esquerdas, os "companheiros" precisam cumprir a lei "Nestepaiz"? Os "companheiros" metroviários do sindicato nada mais são do que cabos eleitorais do petismo e estão investindo na desordem para tentar criar um "climão" que favoreça a sua turma. Da próxima vez, eles poderiam combinar a agenda com o PCC. Uns param o metrô, e os outros saem incendiando ônibus. Enquanto isso, o Babalorixá vai nos dizendo como "Nespepaiz" está se tornando um lugar bom para viver. Ah, que falta faz quem tenha a coragem de botar essa gente no seu devido lugar! No caso de quem promove greves políticas, o lugar, claro, é a cadeia.

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