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Com toda a loucura da política monetária, com toda a loucura das disputas políticas antecipadas, há condições de uma transição tranqüila para uma nova etapa econômica. Se o governo e a oposição não se contaminarem por esse jogo de provocações que se instalou no país, será possível a primeira transição política e economicamente tranqüila nas próximas eleições -vença Lula, vença a oposição.
A estabilização já foi conquistada há muito tempo. Nas cabeças mais empedernidas do mercado, está sendo alcançada agora. Há um conjunto de reformas mais que maduras e uma confluência de diagnósticos quicando na área à espera de um centroavante. As próximas eleições poderiam permitir, pela primeira vez na história, uma disputa em torno de conteúdo, de demonstração de capacidade de gestão e de projeto de país.
O consenso para o qual se caminha passa pelos seguintes pontos:
1. Mudança na composição da dívida pública, com a ampliação dos títulos prefixados de longo prazo.
2. Formação da curva dos juros da maneira correta, com os juros de curto prazo despencando e abrindo espaço para a mudança no prazo da dívida.
3. Com a queda dos juros, maior espaço para o investimento privado.
4. O tal "choque de gestão" tornando-se, de fato, uma bandeira suprapartidária.
5. O estímulo às exportações, como peça-chave do crescimento econômico.
6. Um grande aprendizado na discussão de projetos de longo prazo, com os grandes temas estruturais finalmente entrando na agenda das discussões públicas (PPP, diplomacia comercial, infra-estrutura, planejamento estratégico etc.)
Só que, para que a discussão amadureça, é preciso desarmar essa bomba da confrontação, que está sendo artificialmente alimentada por alguns setores interessados, sabe-se lá por que, na guerra interna.
Se Lula ceder à provocação e partir para o pau -como sugerem algumas notas de Brasília-, abrirá caminho para a venezuelização. Mas é importante que as lideranças mais responsáveis da oposição -a exemplo da atitude em relação aos supostos "dólares de Cuba"- delimitem claramente a área de disputa. Não permitam que essa guerra artificial se instale no país.
A oposição nada tem a perder se a disputa caminhar para o campo das idéias. Possui candidatos e quadros em condições mais do que suficientes para dominar o debate, no campo das idéias e das propostas. Por sua vez, com a disputa caminhando por aí, o próprio governo Lula terá que dar ênfase às iniciativas mais legítimas de seu ministério, reduzindo o grau de fisiologia que o domina hoje em dia, e valorizando ações efetivas.
A radicalização da luta contra o governo interessa apenas a três grupos: os radicais antipetistas, os radicais petistas e os aventureiros que correrão por fora nas próximas eleições. Cada vez que ocorre essa radicalização, há o enfraquecimento do que de melhor a oposição e o próprio PT têm a oferecer.
Enfim, deixar para a polícia o que for da polícia, e para a política o que for da política.
Entrevista:O Estado inteligente
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