Entrevista:O Estado inteligente
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quinta-feira, novembro 17, 2005
Fica, Palocci, fica! PAULO NOGUEIRA BATISTA JR.
FSP
Elogiam, volta e meia, a minha coerência. É uma virtude duvidosa. A coerência pode não ser mais do que a insistência nos mesmos e surrados erros. Mas, enfim, quem sou eu para recusar elogios! Aceito todos, com vibração sempre renovada.
Fiz esse pequeno "detour" para explicar a aparente incoerência do título da coluna de hoje. Sou um dos críticos contumazes do dr. Palocci e sua equipe desde 2003. Por que então pedir a sua continuação?
O primeiro motivo é totalmente fútil. Escrevo de véspera. Se Palocci for demitido ou entregar os pontos de hoje (quarta) para amanhã (quinta), o meu artigo ficará comprometido.
O pior é que alguns dos nomes aventados para substituí-lo não são muito animadores. Em alguns casos, troca-se seis por meia dúzia. Em outros, pior a emenda...
Dos ministeriáveis que vêm sendo mencionados na imprensa, o de mais peso (sem duplo sentido) é o deputado Delfim Netto. Paradoxalmente, entretanto, talvez seja o que mais assuste o mercado. Do ponto de vista desse último, uma solução melhor seria um petista inofensivo e, de preferência, ignorante e estritamente incapaz de ter qualquer idéia diferente do que está aí.
Uma coisa parece clara: não há motivo para nervosismo. O presidente Lula já está definitivamente enquadrado. Não haverá mudança de rumo da política econômica. O governo não tem tempo, nem equipe, nem coragem para tentar nada de muito diferente.
O máximo que se pode esperar seria a correção de alguns dos excessos da atual equipe econômica. Desde 2004, ela resolveu radicalizar e instaurar o que se poderia chamar de "ortodoxia troglodita".
O que é essa variante troglodita? Ela tem quatro aspectos:
a) A política de juros do Banco Central tornou-se completamente alucinada -a ponto de ser criticada, duramente, por economistas ortodoxos e até mesmo por banqueiros.
b) O governo e o Banco Central permitiram (na verdade, estimularam) uma apreciação cambial perigosa e agora correm tardiamente atrás do prejuízo.
c) A Fazenda adotou uma política fiscal pesadamente restritiva, gerando superávits primários superiores às metas oficiais. Como se sabe, os itens b e c decorrem, em grande medida, do item a.
d) Para completar o quadro, o Planejamento e a Fazenda vêm se dedicando a costurar, sem grande sucesso, "planos de ajuste fiscal de longo prazo", para os próximos cinco ou dez anos. A sua implementação dependeria de um grande acordo político e de emendas constitucionais que permitissem ampliar e prolongar a Desvinculação de Receitas da União (DRU) e dar vida ainda mais longa à Contribuição Provisória (sic) sobre Movimentação Financeira. Mas não há condições políticas para tomar decisões legislativas importantes para além de 2006.
O que poderia fazer o sucessor de Palocci? Alguma correção de rumos, que eliminasse o componente "troglodita" e ficasse só com a ortodoxia. Primeiro: baixar mais rapidamente a taxa básica de juro para aproximá-la aos poucos dos padrões mundiais. Os famosos "fundamentos" permitem diminuição apreciável da taxa.
Segundo, induzir uma certa revalorização do dólar no Brasil. A queda mais rápida dos juros já ajudaria, mas outros instrumentos podem ser acionados (por exemplo: restrições à entrada de capitais especulativos e intervenções nos mercados "spot" e futuros de câmbio).
Terceiro, com os juros menores, a política fiscal poderia se limitar a cumprir a meta de superávit primário fixada (4,25% do PIB) em 2006 sem que isso acarretasse grande aumento da razão dívida/PIB.
Nada de espetacular, como se vê. Nada que possa alarmar o famigerado mercado. Por outro lado, nada que o próprio Palocci não possa realizar (se a República de Ribeirão Preto e suas conexões petistas não acabarem com ele de vez).
Por isso, lanço o apelo: Fica, Palocci, fica!
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