Entrevista:O Estado inteligente
- Índice atual:www.indicedeartigosetc.blogspot.com.br/
- INDICE ANTERIOR a Setembro 28, 2008
domingo, abril 03, 2005
O GLOBO Miriam Leitão :Consumo do Brasil
Um ministro outro dia me disse que o Brasil tem um mercado interno pequeno. Discordei e fui ver os dados. O Brasil é o segundo maior mercado da Telefônica de Espanha, o segundo da Fiat, o terceiro da Volkswagen, também terceiro da Coca-Cola e da Avon e o segundo da Nestlé. O consumo das famílias é um mercado de quase R$ 1 trilhão. Um consumo forte, relevante no mundo e que está em plena expansão.
Os rankings da economia nos colocam agora como o 12 PIB mundial. Dá saudade do tempo que éramos o 8. Em parte, essa conta contém uma arbitrariedade cambial. O câmbio sobrevalorizado dá uma falsa impressão de força. Olhando o volume de vendas, o país é um dos maiores do mundo.
Para a Fiat, é o segundo maior mercado. Logo depois da Itália. Dos 2,5 milhões de carros vendidos pela Fiat em todo o mundo, 500 mil são comprados por brasileiros; 30% de todas as vendas da empresa fora da Europa. Neste fim de semana, o presidente da Fiat Brasil, está indo para a Itália para mais uma etapa da discussão interna na empresa sobre o local de novos investimentos. O Brasil disputa com a Turquia e a Polônia a localização da fabricação dos novos modelos. A Fiat está investindo R$ 1,5 bilhão em três anos, mas pode ser mais se uma dessas novas fábricas vier para o país.
— O argumento a nosso favor é o tamanho do mercado interno e o ritmo de crescimento: no ano passado, cresceu 8%; no primeiro trimestre, 5% e a gente tem expectativa de chegar a 8%. No mundo, o Brasil é o quarto maior mercado consumidor de carros compactos — contou Marco Antonio Lage, assessor de imprensa da empresa.
Em 2003, o Brasil foi o 10mercado mundial de carros e é possível que tenha superado o Canadá. Em 2004, os brasileiros compraram 200 mil carros a mais em relação ao ano anterior; um total de 1,6 milhão. O Brasil é grande, mas tem muito a crescer. Nos Estados Unidos, é um carro por habitante; na Europa, um carro para cada dois habitantes. No México e na Argentina, um carro para cinco habitantes e, no Brasil, um para oito.
No ano passado houve um boom de celulares. As vendas cresceram 50%. O setor acha que este ano pode crescer outros 20% a 30%. Para a Siemens, o mercado brasileiro é fundamental.
— O Brasil é o terceiro país entre os que mais compram celulares da Siemens, vindo depois da Alemanha e da Espanha — diz Humberto Cagno, diretor de telecomunicações da empresa. Este ano, a Siemens vai investir US$ 230 milhões no país.
Os brasileiros são o terceiro maior consumidor de Coca-Cola do mundo, perdendo apenas para o México e para os Estados Unidos. O faturamento da Coca-Cola no Brasil foi de R$ 7,4 bilhões no ano passado. O consumo cresceu 7% aqui, mais do que o dobro dos Estados Unidos.
— Nossa filosofia é investir nos BRICs (os países emergentes mais fortes: Brasil, Rússia, Índia e China). O consumo anual per capita é de 146 copos aqui contra 487 no México e 436 nos Estados Unidos. Temos espaço para crescer — diz Maurício Bacellar, gerente de comunicação da empresa.
Pelos dados do Euromonitor, o Brasil é o 7 maior mercado do mundo no setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. É o 4 em produtos infantis, o 5 em perfumaria e desodorantes e o 6 em produtos para cabelos. Com o aumento da presença da mulher no mercado de trabalho e o aumento da expectativa de vida, as vendas do setor estão disparando. Cresceram 48,5% de 2000 a 2004. A Avon está há 46 anos no Brasil; o país é o terceiro maior mercado depois dos Estados Unidos e do México. Em alguns produtos, o Brasil é campeão: foi o país onde o produto anti-sinais Renew Clinical mais vendeu. Só no lançamento, foram 2,7 milhões de unidades.
Na Nestlé, há oito anos, o Brasil assumiu o segundo lugar em volume de vendas e lá ficou. Perde apenas para os Estados Unidos.
— No Brasil, produzimos e vendemos 400 itens básicos, poucas Nestlés no mundo têm um portfólio tão amplo. O sucesso do mercado brasileiro como bom comprador dos nossos produtos está ligado ao tempo em que estamos no país e ao fato de que alguns produtos nossos viraram parte da culinária brasileira. Observamos através das campanhas publicitárias que estamos em 94% dos lares brasileiros — conta Carlos Faccina, diretor de assuntos corporativos.
Mesmo assim, não é um mercado saturado.
— Aqui o consumo de chocolate não chega a um quilo per capita/ano. Na Argentina, é de quatro quilos. Sorvete é outro exemplo: brasileiro só toma sorvete no verão — diz Faccina.
Qualquer que seja o setor, o Brasil tem números assim, que mostram que ele é grande, mas com espaço para ampliar o consumo. A estabilização da moeda ajudou a elevar o patamar de vendas de inúmeros produtos. A recuperação da renda e a inclusão social podem ampliar esse mercado ainda mais.
CRITICADO no Brasil, mas reconhecido no exterior, o sistema de licenciamento ambiental. Nilvo Luiz da Silva, responsável pela área no governo, foi convidado para trabalhar na divisão de políticas públicas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
A L’ORÉAL faz anualmente uma disputa internacional entre estudantes de MBA, um jogo de estratégia em que 40 mil alunos disputam as melhores soluções. O curso da Coppead já ganhou quatro vezes na América Latina e agora ganhou a disputa mundial, em Paris.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Arquivo do blog
-
▼
2005
(4606)
-
▼
abril
(386)
- VEJA Entrevista: Condoleezza Rice
- Diogo Mainardi:Vamos soltar os bandidos
- Tales Alvarenga:Espelho, espelho meu
- André Petry:Os corruptos de fé?
- Roberto Pompeu de Toledo:A jóia da coroa
- Baby, want you please come here - Shirley Horn, vo...
- O mapa da indústria GESNER OLIVEIRA-
- JANIO DE FREITAS:A fala do trono
- FERNANDO RODRIGUES:220 vezes "eu"
- CLÓVIS ROSSI :Distante e morno
- PRIMEIRA COLETIVA
- Dora Kramer:Lula reincorpora o candidato
- AUGUSTO NUNES :Entrevista antecipa tática do candi...
- Merval Pereira:Mãos de tesoura
- Miriam Leitão:Quase monólogo
- O dia em que o jornalismo político morreu
- Eles, que deram um pé no traseiro da teoria política
- Lucia Hippolito: O desejo de controlar as informações
- Goin way blues - McCoy Tyner, piano
- O novo ataque ao Copom - LUIZ CARLOS MENDONÇA DE B...
- JANIO DE FREITAS :Mensageira da crise
- FHC concedeu coletiva formal ao menos oito vezes
- CLÓVIS ROSSI :Todos são frágeis
- ELIANE CANTANHÊDE :Pelo mundo afora
- NELSON MOTTA:Coisas da política ou burrice mesmo?
- Dora Kramer: PFL quer espaço para Cesar
- Miriam Leitão:Dificuldade à vista
- Luiz Garcia :Tiros sem misericórdia?
- Merval Pereira:Barrando o terror
- Villas-Bôas Corrêa: A conversão de Severino
- Lucia Hippolito: A hora das explicações
- Let’s call this - Bruce Barth, piano
- CÂMBIO VALORIZADO
- CLÓVIS ROSSI :Quem manda na economia?
- ELIANE CANTANHÊDE :"Milhões desse tipo"
- DEMÉTRIO MAGNOLI:Preto no branco
- LUÍS NASSIF :As prestações sem juros
- Dora Kramer:À sombra dos bumerangues
- Miriam Leitão:Erro de identidade
- Merval Pereira:Sentimentos ambíguos
- Guilherme Fiuza:A culpa é do traseiro
- Georgia on my mind - Dave Brubeck, piano.
- Lucia Hippolito: Ele não sabe o que diz
- PALPITE INFELIZ
- TUDO POR UMA VAGA
- CLÓVIS ROSSI:Presidente também é 'comodista'
- FERNANDO RODRIGUES:Os traseiros de cada um
- "Liderança não se proclama", afirma FHC
- O dogma de são Copom- PAULO RABELLO DE CASTRO
- LUÍS NASSIF:Consumo e cidadania- ainda o "levantar...
- Dora Kramer:Borbulhas internacionais
- Zuenir Ventura:Minha pátria, minha língua
- ELIO GASPARI:Furlan e Bill Gates x Zé Dirceu
- Miriam Leitão: Nada trivial
- Merval Pereira:Palavras ao léu
- REFLEXOS DO BESTEIROL
- Villas-Bôas Corrêa: A greve das nádegas
- AUGUSTO NUNES:O Aerolula pousa no mundo da Lua
- VEJA:Jorge Gerdau Johannpeter
- XICO GRAZIANO:Paulada no agricultor
- Por que ele não levanta o traseiro da cadeira e fa...
- Lucia Hippolito: Eterno enquanto dure
- Luiz Garcia:Sandices em pleno vôo
- Arnaldo Jabor:Festival de Besteira que Assola o País
- Miriam Leitão:Economia esfria
- Merval Pereira:Liberou geral
- GUERRA PETISTA
- Clóvis Rossi:Apenas band-aid
- ELIANE CANTANHÊDE:De Brasília para o mundo
- JANIO DE FREITAS:Os co-irmãos
- Dora Kramer: Sai reforma, entra ‘mudança pontual’
- AUGUSTO NUNES O pêndulo que oscila sobre nós
- Resgate em Quito (filme de segunda)
- Round midnight - Emil Virklicky, piano; Juraf Bart...
- Reforma política, já- Lucia Hippolito
- INCERTEZA NOS EUA
- VINICIUS TORRES FREIRE :Bento, Bush e blogs
- FERNANDO RODRIGUES: Revisão constitucional
- Os trabalhos e os dias- MARCO ANTONIO VILLA
- Zelão / O Morro Não Tem Vez - Cláudia Telles
- Fora de propósito
- JOÃO UBALDO RIBEIRO:Viva o povo brasileiro
- Merval Pereira: O desafio das metrópoles
- Miriam Leitão:Música e trégua
- DEMOCRACIA INACABADA
- GOLPE E ASILO POLÍTICO
- CLÓVIS ROSSI:A corrida pela esperança
- ELIANE CANTANHÊDE:Asilo já!
- ANTÔNIO ERMÍRIO DE MORAES: Reforma tributária e ga...
- ELIO GASPARI:A boca-livre deve ir para Quito
- JANIO DE FREITAS:Sonho de potência
- LUÍS NASSIF Racismo esportivo
- Quando as cidades dão certo - JOSÉ ALEXANDRE SCHEI...
- AUGUSTO NUNES: O encontro que Lula evita há dois anos
- O depoimento de uma brasileira no Equador
- Sabiá - Elis Regina]
- Diogo Mainardi:A revolução geriátrica
- Tales Alvarenga:Assume mas não leva
- André Petry: Isso é que é racismo
- Roberto Pompeu de Toledo:Fato extraordinário:um pa...
-
▼
abril
(386)
- Blog do Lampreia
- Caio Blinder
- Adriano Pires
- Democracia Politica e novo reformismo
- Blog do VILLA
- Augusto Nunes
- Reinaldo Azevedo
- Conteudo Livre
- Indice anterior a 4 dezembro de 2005
- Google News
- INDICE ATUALIZADO
- INDICE ATE4 DEZEMBRO 2005
- Blog Noblat
- e-agora
- CLIPPING DE NOTICIAS
- truthout
- BLOG JOSIAS DE SOUZA
Nenhum comentário:
Postar um comentário