Quando o foguete brasileiro explodiu em terra na base de Alcântara e mandou para os ares um grupo de técnicos, Lula fez uma série de pronunciamentos assegurando a aceleração do programa espacial brasileiro. Detentora do conhecimento espacial soviético desenvolvido em seu território, ao tempo em que integrava a URSS, a Ucrânia fez com o Brasil um acordo de transferência de tecnologia em troca do uso de Alcântara, para lançamentos seus e em conjunto.
Os ucranianos estão acusando o Brasil, com razão, de não cumprir o que lhe cabe desde 2003. O governo brasileiro alega dificuldades de estruturar a entidade, de moldes empresariais, para a operação conjunta dos dois países.
Pois olha, os ucranianos não perderiam nada se pusessem, entre as explicações que aceitem, uma boa pitada de suspeita de que o governo Lula está intimidado pelo pressionante desagrado dos Estados Unidos com o acordo.
Os Estados Unidos tinham planejado fazer da base de Alcântara, no Maranhão, uma espécie de enclave norte-americano no território brasileiro.
O joguinho
A corrente que domina o PT, sob a presidência verbal de José Genoino e comando efetivo de José Dirceu, fez no Rio uma reunião tematicamente sinuosa, cuja finalidade real foi a de manifestar apoio à política econômica de Antonio Palocci. E o que esse cordão de petistas fez até agora senão isso mesmo?
Há, porém, uma sutileza por trás da obviedade. A realização do congressinho foi orientada por José Dirceu, que assim passa a figurar como o criador do canal de convivência entre a política econômica e os descontentes na maioria petista. Era o dia de José Dirceu dar no cravo. Depois volta a alternar, a ferradura já espera.
Direta
Tem certa razão Aloysio Nunes Ferreira, secretário municipal de Governo de São Paulo, na carta à Folha contra a pesquisa Datafolha. A péssima avaliação de José Serra pelo eleitorado, nos seus primeiros três meses, tem pouca ou nenhuma significação a prazo médio e longo. Na mesma altura da administração, Marta esteve melhor, e perdeu a eleição para Serra. Celso Pitta estava melhor, e nem sei o que dizer dele.
Mas a carta de inesperada demissão do secretário de Cultura, Emanoel Araújo, contém trechos de grave significação. Em particular aqueles em que se refere aos "gaviões insaciáveis" que voam sobre a secretaria, a "uma articulação entre a prefeitura e a Fundação Roberto Marinho" e à impossibilidade de discutir, no secretariado e com o prefeito, "as ações concretizadas e os projetos da pasta para este ano".
Não são afirmações anuláveis só com a agressividade habitual nas respostas e considerações de Serra, Aloysio Nunes e outros do grupo.
Correspondência
A farra em Roma, dizem, é ótima. Os nossos ilustres, muito fiéis, estão papando tudo. Em restaurantes, vá lá.
Folha de S.Paulo -
Entrevista:O Estado inteligente
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