Entrevista:O Estado inteligente

sábado, novembro 10, 2007

Radar

Lauro Jardim

PETROBRAS

A Arábia Saudita é aqui
Na quinta-feira passada, Lula disse textualmente aos comensais que dividiam a mesa com ele na Petrobras na hora do almoço que as reservas da megajazida de Tupi, na Bacia de Santos, podem ser ainda quatro vezes maiores que o divulgado.

CÂMARA

O fim da reeleição 1
Está marcada para daqui a duas semanas (para o dia 21, para ser mais preciso) a leitura do relatório do deputado Eduardo Cunha na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara sobre o projeto que dá fim à reeleição. De pronto, pode-se dizer que Cunha vai garantir a possibilidade de os atuais detentores de primeiro mandato tentarem a reeleição. É direito adquirido.

O fim da reeleição 2
A discussão mesmo se dará em três tópicos. Primeiro, se a reeleição permanece ou não. Segundo, se ela acabar, o mandato será fixado em quatro ou cinco anos? E, finalmente, se haverá coincidência de eleições municipais, estaduais e presidenciais.

GOVERNO

Questão de DNA
A cúpula do PP teve uma conversa na quarta-feira com o "seu" ministro. Está-se falando do ministro Marcio Fortes, das Cidades, indicado pelo partido. A bancada acha que Fortes é submisso demais a Dilma Rousseff e atende pouco às demandas dos parlamentares pepistas. Alguns deputados atribuem o problema ao DNA de Fortes: ele foi secretário executivo de três ministérios antes de se tornar ministro.

Lula está aborrecido com a Vale

Ricardo Stuckert/PR
Agnelli e Lula: o presidente está impaciente

Lula está descontente com a Vale do Rio Doce. Mas o que aborrece o presidente numa empresa que não pára de crescer? Com mais de um interlocutor, Lula desabafou sobre as prioridades de investimentos da Vale. Ele acha que a mineradora presidida por Roger Agnelli investe demais no exterior em detrimento de investimentos que poderia fazer no Brasil. Numa dessas conversas, na semana passada, Lula chegou a dizer que "a Vale escalpela o Pará e dá pouco em troca". É no Pará que está localizada a maior das minas da Vale, Carajás. Sem entrar no mérito sobre se a Vale escalpela ou não alguma região, o que Lula não pode esquecer é que o capitalismo exige, sim, investimentos externos de uma empresa globalizada. É esse o jogo.

SEGURANÇA

O legado no depósito
Lembra-se do tal legado que o Pan do Rio de Janeiro iria deixar? Pois é, deixou, mas num depósito: as 153 máquinas de raio X compradas para o Pan estão encaixotadas num depósito do Banco do Brasil no Rio desde que terminaram os Jogos. Elas seriam herdadas pelos estados que colaboraram cedendo soldados para a Força Nacional de Segurança e instaladas em penitenciárias. Agora, são elas que estão presas, em caixotes.

ECONOMIA

Empresa nordestina, negócio globalizado
A venda da gigante do varejo nordestino GBarbosa por 430 milhões de dólares para o grupo chileno Cencosud, na semana passada, teve menos concorrência do que pareceu. O noticiário elencava o interesse do Carrefour e do Pão de Açúcar no negócio. Mas ambos puxaram o freio no meio do caminho. O motivo: a compra foi feita diretamente de uma holding sediada no paraíso fiscal de Delaware (EUA). O Carrefour e o Pão de Açúcar não avançaram nas conversas porque não quiseram pagar no exterior. Assim, o vendedor economizou 150 milhões de dólares em impostos relativos ao ganho de capital.

CERVEJA

Os fantasmas 1
Hoje, a indústria da cerveja encara dois fantasmas. Um é a proibição de venda da bebida nas rodovias federais. O outro é a restrição dos horários de propaganda de cerveja. Mas o segundo fantasma a assusta muito mais do que o primeiro. As cervejarias não admitem (até por estratégia), mas topariam ceder na discussão da venda nas estradas. A questão da propaganda, porém, é inegociável. Ambos os fantasmas estão sendo enviados pelo governo para a Câmara como projeto de lei.

Os fantasmas 2
O setor crê, no entanto, que os dois fantasmas criados pelo ministro José Gomes Temporão não sobreviverão na Câmara. As empresas acreditam que convencerão os deputados dos seus argumentos. A tendência é essa mesmo, até porque o setor é muito organizado. Mas não custa lembrar que a indústria do tabaco pensava da mesma forma, quando o então ministro José Serra mandou o projeto de lei proibindo a propaganda de cigarros. E deu no que deu.

EMPREGO

Apagão de qualificação
Sabe quanto vale um diretor industrial de uma usina de álcool? 70.000 reais mensais, em média. E, acredite, esse profissional está em falta no mercado.

TELEVISÃO

Greve atinge 24 Horas
Atenção, fãs de Lost e 24 Horas: na sexta-feira passada, a Globo recebeu um alerta oficial dos produtores desses seriados. Por causa da greve dos roteiristas de Hollywood, que está em pleno curso, os novos episódios das séries, que estreariam em março nos EUA, vão atrasar. E aqui também.

MÚSICA

O som da tropa
Bateu 90.000 downloads em celulares a música-tema de Tropa de Elite, tocada pela banda Tihuana. O ritmo de downloads diários da canção está em torno de 2.500. Para quem não se lembra, é aquela música cujo refrão é: "Tropa de elite osso duro de roer, pega um, pega geral, também vai pegar você".

Fazenda não desistiu
de segurar o dólar

Elza Fiuza/ABR
Mantega: dólar desvalorizado preocupa


Guido Mantega não desistiu de barrar a valorização do real ante o dólar. Sem alarde, está trabalhando em alternativas para dar uma força à moeda de George W. Bush. Quem conhece os estudos garante que o controle da saída de capitais não está em pauta. Nada que sobressalte o mercado será feito. As medidas para segurar o dólar saem antes do fim do ano.


e-mail: ljardim@abril.com.br




Foto Sean Gallup/Getty Images

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