O Estado de S. Paulo |
29/11/2007 |
Seja qual for o desfecho da Oferta Pública Inicial das ações da BM&F, a economia deve comemorar o rápido desenvolvimento do mercado de capitais no Brasil. Preconceitos de várias procedências ainda mantêm em certas áreas da sociedade brasileira a impressão de que mercado de ações é cassino ou jogo bruto de especuladores. Muita gente ainda desconhece que um saudável mercado de ações é a maneira mais rápida e mais barata de capitalizar a empresa brasileira e de garantir crescimento econômico. A Bolsa, ou mercado secundário de ações, é apenas um instrumento que assegura mercado para o acionista que precisa se desfazer de suas posições. E, assim, mantém as condições gerais para que a empresa brasileira possa continuar a se abastecer de capitais para sua expansão. Ao longo das duas últimas décadas, o grande obstáculo ao desenvolvimento do mercado de capitais do Brasil foi a enorme dívida pública que obrigava o Tesouro a despejar títulos no mercado e a pagar juros altos demais para isso. Enquanto conseguiu ganhar no mole financiando o Tesouro, o brasileiro não se interessou em se arriscar na compra de ações de empresas que podiam a qualquer momento ser vítimas da política econômica de um governo quebrado e irresponsável. À medida que as coisas se foram arrumando, que a inflação foi controlada, que os juros caíram e que a economia ficou mais previsível, o mercado brasileiro de capitais encontrou condições para se desenvolver. Contribuiu para isso a miopia dos bancos que seguiram cobrando dos seus clientes juros e spreads extorsivos. As melhores empresas não vacilaram em se livrar da ditadura do crédito: ou abriram seu capital ou tomaram crédito, bem mais barato, de outras empresas. A tabela mostra como as Ofertas Pública Iniciais de ações evoluíram nos últimos quatro anos. Só neste ano, foram 62. Boa parte desse sucesso foi assegurado pelas novas exigências de excelência em governança corporativa e pela incorporação dos valores éticos institucionalizados pelo chamado novo mercado. Hoje, a Bolsa de São Paulo movimenta a média de R$ 4,7 bilhões diários, duas vezes mais do que a média do ano passado. Importante conseqüência nesse desenvolvimento ocorreu na cabeça do trabalhador. Ele já entendeu como esse mercado funciona e o que esperar dele, um objetivo que se pretendia alcançar na década de 70 com a criação dos chamados Fundos 157, que fracassaram pela sua má e, em alguns casos, fraudulenta administração e pelo pouco compromisso das nossas autoridades com a defesa do interesse do pequeno aplicador. Quando, em 2000, o governo permitiu que o Fundo de Garantia pudesse ser usado para a compra de ações da Petrobrás, houve forte reação contra a iniciativa por parte dos sindicatos e do próprio PT. Para eles, dinheiro sagrado do trabalhador estava sendo desviado para a jogatina. E, no entanto, a forte valorização da aplicação (de mais de 1.100% até agora) e o sucesso da empreitada deram grande contribuição para o amadurecimento deste mercado, que agora começa a produzir seus frutos. Confira Capital de risco - A entrada de Investimento Estrangeiro Direto (IED) continua forte. Nos dez primeiros meses do ano atingiu US$ 31,2 bilhões, ou 66,1% acima do que em igual período do ano passado. Vem mais - O Banco Central prevê para todo o ano entrada de US$ 32 bilhões, uma projeção conservadora. Pode vir mais - Como o Brasil está em alta lá fora, é provável que em novembro e dezembro entrem no País mais do que os US$ 3,2 bilhões de outubro. Se for assim, teremos para todo este ano entradas perto de US$ 35 bilhões. |
Entrevista:O Estado inteligente
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quinta-feira, novembro 29, 2007
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