Recordar é viver
Crise aérea? Onde? Aqui? Esqueça!
(Sob o título acima, às 12h51 do dia 11 de abril último, publiquei a nota que segue agora. E às 18h do mesmo dia, a nota que segue mais abaixo.)
"Brincadeira, gente! O cara ficou maluco. E lugar de maluco não é no governo - embora este e os demais estejam repletos deles.
O presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, afirmou há pouco em audiência na Câmara dos Deputados que não há crise no setor aéreo brasileiro.
- A crise no transporte aéreo está longe de ser uma crise. Nós a superamos a partir de 2004 - disse ele com a maior cara de pau.
Foi na mesma audiência onde Waldir Pires, ministro da Defesa, havia dito pouco antes:
- Temos uma crise decorrente de fatores que têm de ser vencidos e modificados e estão sendo (...) Temos problemas de recursos humanos, problemas de equipamentos. Num país em desenvolvimento isso é uma rotina.
Pode uma coisa dessas? Ora, pode sim. Zuanazzi era vendedor de passagens aéreas no Rio Grande do Sul até que foi descoberto como executivo talentoso capaz de tocar a Anac. É ligado à ministra Dilma Roussef, da Casa Civil.
O governo não insiste até hoje em negar que existiu o pagamento de propinas a deputados em troca dos votos deles? O mensalão foi uma miragem - assim como a crise área é. Assim como tudo que incomoda o governo-avestruz.
Quanto à tentativa de compra no ano passado de um dossiê contra políticos do PSDB... Bem, não esqueçam que aquela foi uma ação isolada de "aloprados do PT". O governo nada teve a ver com ela - nem o PT enquanto instituição".
Crise aérea? Maluco? Eu?
"A resposta de Milton Zuanazzi, presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), ao blog durante audiência pública sobre a crise no setor aéreo na Câmara:
- O senhor Noblat está me chamando de maluco. Se tem alguém que trabalha com esteriótipos é a imprensa. E o esteriótipo é a ante-sala do preconceito. Quem passa essa informação para frente [de que Zuanazzi disse que não há crise no setor aéreo] está me esteriotipando. Senhor Noblat e outros: eu disse que do ponto de vista do transporte aéreo, da economia aérea, não há crise, pelo contrário, o setor está em expansão. A crise foi até 2003, quando duas das maiores empresas faliram [Vasp e Transbrasil]."