O Estado de S. Paulo |
10/4/2007 |
Há pouco mais de um mês o mercado financeiro brasileiro vivia uma fase de inferno astral. O espantalho daquela hora era a crise iminente do setor hipotecário dos Estados Unidos. Análises que previam o desastre em questão de dias pipocavam na internet, as Bolsas internacionais desabaram, os aplicadores refugiavam-se nos títulos do Tesouro americano (T-Bonds), a referência nos momentos de medo.De lá para cá, ninguém mais fala na crise, os arautos da desgraça parecem um tanto desenxabidos e os mercados, especialmente o brasileiro, comemoram.Ontem foi assim. Bastou que o Relatório do Emprego dos Estados Unidos apontasse a criação de 180 mil postos de trabalho, acima do previsto, para que esses números fossem entendidos como senha para um pequeno rali.A Bolsa recuou no fechamento, mas, ainda assim, ficou no nível recorde de 46.854 pontos. O dólar continuou sua escorregada em direção aos R$ 2 (fechou a R$ 2,025, em baixa de 0,34%). E o prêmio de risco caiu a patamares jamais atingidos, de 156 pontos. O prêmio de risco é medido pelo JP Morgan. É o adicional em juros que o investidor externo exige acima do que recebe por aplicações em títulos do Tesouro dos Estados Unidos para ficar com um título de dívida do Brasil. Se ontem fechou nos 156 pontos, significa que um título brasileiro está pagando 1,56 ponto porcentual ao ano a mais do que o título do Tesouro dos Estados Unidos.Em setembro de 2002 atingiu seu recorde histórico de 2.244 pontos (mais 22,44% ao ano ao que pagavam os T-Bonds), porque o mercado entendia que a inevitável eleição de Lula provocaria devastação na economia.Por aí se vê que o progresso foi imenso. O título do Brasil ganhou credibilidade e isso não reflete apenas condições de mercado; tem a ver com a melhora dos fundamentos da economia. Reservas externas a mais de US$ 110 bilhões, como estão agora, reforçam a convicção de que a dívida soberana do Brasil não enfrenta mais riscos de moratória ou calote. Há 20 dias, o Tesouro colocou títulos de 20 anos em reais a juros de 10,28% ao ano. E, na semana passada, títulos em dólares a 5,88% ao ano. Nos últimos 50 anos, os juros obtidos na colocação da dívida brasileira não foram tão baixos, o que mostra o quanto as coisas melhoraram.O tombo do prêmio de risco está ligado à pressão dos exportadores e da indústria para que o Banco Central intensificasse as compras de dólares para frear a valorização do real. Hoje, por paradoxal que pareça, é um dos fatores que ajudam essa valorização.O gráfico mostra que o prêmio de risco Brasil tem caído mais do que o dos países emergentes. Isso indica que a economia brasileira melhorou mais do que a desse grupo. |
Entrevista:O Estado inteligente
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terça-feira, abril 10, 2007
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