Entrevista:O Estado inteligente

quinta-feira, setembro 21, 2006

Para FHC, caso é gravíssimo e Lula terá de provar sua inocência




O Estado de S. Paulo
21/9/2006

Num tom mais conciliador que seus companheiros da oposição, o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), procurou não atacar ontem o presidente Lula. "É preciso ter cautela. O caminho é o caminho da investigação. Interessa a todos os brasileiros e, neste instante, a um brasileiro em especial, o presidente da República, que os esclarecimentos ocorram em especial sobre a origem desses recursos", disse ele no Rio, onde participou da cerimônia de apresentação do programa de Geraldo Alckmin.

Pressionado por repórteres, Aécio se disse favorável a "uma investigação sobre todo o processo que envolve sanguessugas, em qualquer tempo", o que incluiria o governo FHC. Mas cobrou apuração imediata em torno da origem do dinheiro com o qual petistas tentaram comprar o dossiê Vedoin. Para ele, essa é a prioridade. "Existe um fato concreto, uma tentativa de interferência no processo eleitoral, principalmente no de São Paulo, que ao meu ver tem de estar esclarecido de forma cabal e definitiva antes do dia 1º. Eu dou esse voto de confiança à Polícia Federal e acho que ela tem os instrumentos necessários para poder chegar a esse veredicto."

Aécio acha que tudo tem de ser esclarecido antes das eleições. "A população brasileira vai poder votar sabendo de todas as informações. Pode ser até que vote no presidente Lula, mas é preciso votar com todas as informações". Ele afirmou, no entanto, ter "muitas dúvidas" sobre a vitória de Lula, caso tudo seja esclarecido.

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