Enquanto as ações das bolsas de valores pareciam
não encontrar um piso sólido na semana passada, o Banco
Central usava poderes especiais para impedir que o pânico
do investidor financeiro contaminasse a vida das pessoas,
empresas e bancos no Brasil. Como mostra esta
reportagem, isso não se faz sem dramas nem riscos
Marcio Aith e Giuliano Guandalini
Dida Sampaio/AE |
SÓLIDA, MAS NÃO IMUNE Henrique Meirelles, o presidente do BC: a economia brasileira no meio do caminho entre o céu e o inferno |
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Na manhã da última quarta-feira, seis dos principais bancos centrais do planeta executaram uma ação inédita. Liderados pelo Federal Reserve (o Fed, banco central americano), eles fizeram uma redução coordenada em suas taxas de juro. Foi o mais recente esforço dos Estados Unidos e da Europa na tentativa de reavivar os mercados financeiros e desbloquear as linhas de crédito entre os bancos, artérias fundamentais no sistema que irriga empréstimos em todo o planeta. Mais uma vez, no entanto, as intervenções cavalares não bastaram para restabelecer a confiança. Para muitas bolsas, foi a pior semana de todos os tempos – caso da Bolsa de Nova York, cujo índice Dow Jones acumulou uma perda de 18%, a maior sangria em uma única semana nos 112 anos de sua história. No Brasil, coube ao presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, a missão de proteger o país dos efeitos mais nefastos da crise. Naquela mesma quarta-feira de pânico global, o mercado de câmbio brasileiro amanheceu travado. Na abertura dos negócios, às 9 horas, não havia nenhuma pessoa, empresa ou instituição financeira disposta a vender ou comprar dólares. Ninguém. A cotação da moeda começou a subir rapidamente e atingiu 2,48 reais, o valor mais elevado desde 2006.
Para desemperrar o mercado, o Banco Central brasileiro determinou a venda de 4 bilhões de dólares no mercado à vista, por meio de três leilões realizados ao longo do dia. À tarde, enquanto o remédio começava a fazer efeito, Meirelles encontrava-se no gabinete da presidência do BC em São Paulo. Um interlocutor mostrou a ele uma folha de papel em que, separadas por uma linha horizontal, estavam escritas as palavras "céu" e "inferno". Instado a mostrar em que ponto naquela linha se situava a economia brasileira, se mais perto do céu ou do inferno, o presidente do BC desenhou um X na metade do caminho. Insatisfeito com a resposta, diplomática demais, o interlocutor perguntou, então, para que lado os ventos empurravam o Brasil. Meirelles desenhou uma flecha em direção ao inferno. Esperou alguns segundos. Desenhou, então, uma segunda flecha, em sentido oposto, em direção ao céu. E riu. Foi sua maneira de ilustrar o que já vem dizendo há tempos: ao contrário da ciclotimia dominante, a verdade é que a economia brasileira não está à beira de ser varrida pela crise externa e nem 100% blindada contra ela. Tudo vai depender do sucesso de como será usado todo o arsenal de medidas preventivas e, claro, da serenidade das autoridades monetárias.
Ricardo Stuckert/PR |
PREVENIR, E NÃO REMEDIAR Lula em inauguração de plataforma da Petrobras, na semana passada: "Não haverá pacote. Vamos tomando medida a medida" |
Na tarde daquela quarta-feira, Meirelles fazia duas coisas ao mesmo tempo. Negociava a edição de uma nova medida provisória que lhe daria mais liberdade e agilidade para usar a munição necessária para enfrentar a crise. E acompanhava, em tempo real, o impacto das três intervenções que o BC fizera no mercado de câmbio. O dólar inicialmente cedeu. Em um segundo momento, voltou a subir. A alta, entretanto, não se sustentou. No início da tarde, o preço da moeda americana passou a cair com mais intensidade. Encerrou o dia valendo 2,28 reais. "Derrete, dólar!", disse Meirelles em tom de vitória. O desabafo, explicou o presidente do BC, tinha uma razão específica. Meirelles satisfez-se ao impedir que os grandes fundos internacionais aproveitassem a disparada do dólar para rapinar as empresas nacionais pegas de calças curtas com a mudança brusca do câmbio – mais de 50% desde agosto. São muitas as companhias nessa situação. Elas fizeram apostas na estabilidade da moeda brasileira em alguns casos não apenas para se proteger da flutuação do câmbio, mas para ganhar dinheiro com a certeza de que o real ficaria ali por volta de 1,80 por dólar. Quando essa cotação foi pulverizada, as empresas entraram em pânico. Suas apostas são os chamados "derivativos", e eles exigem que alguém perca para que outro ganhe. Quando se está do lado perdedor – caso das companhias brasileiras pegas nadando peladas quando baixou a maré do real – e a aposta foi feita com dinheiro emprestado, é preciso cobrir o prejuízo diariamente. É uma sangria dolorosa, que obriga o empresário a bater à porta dos bancos à procura de mais e mais dinheiro. A intervenção do Banco Central no mercado havia baixado o preço do dólar e aliviado um pouco a romaria das empresas à banca. Foi isso que Henrique Meirelles comemorou em voz alta.
Até pouco antes de a crise se agravar, em meados de setembro, empresas como Sadia, Aracruz e Votorantim viam como impossível a subida do dólar no Brasil, uma vez que, com a política monetária rigorosa adotada por Meirelles, a moeda nacional tendia a manter-se valorizada. Por quê? Porque investidores internacionais continuariam trazendo dinheiro tomado a juros menores no exterior para lucrar com os juros altos e as aplicações em bolsa no Brasil – essas operações são chamadas no jargão financeiro de carry trade. Usando instrumentos financeiros complexos, apostaram que o dólar continuaria caindo até o fim do ano. Quando o dólar começou a subir, elas precisaram cobrir o prejuízo que tiveram com as apostas erradas – até a semana passada, o buraco somava 5 bilhões de reais. Algumas empresas culpam o governo, em especial o Banco Central, por tê-las "induzido" a concluir que a cotação do real em relação ao dólar permaneceria estável. Os diretores do BC dizem que eles e o próprio presidente Meirelles se cansaram de avisá-las de que as circunstâncias mundiais estavam mudando para pior e logo o carry trade perderia sua atratividade, trazendo como conseqüência a perda de valor do real. "Como as organizações de empresários no Brasil preferem o lobby à análise macroeconômica confiável, eles não enxergaram os sinais de perigo e apostaram fortemente no real", diz um diretor do BC que não pode ser identificado.
Piotr Snuss/Reuters |
NÃO ERA O FIM DO TÚNEL O francês Jean-Claude Trichet, presidente do BC europeu: ação coordenada não animou os mercados |
Formalmente, o Banco Central não persegue metas para o câmbio. Seu compromisso é manter a inflação dentro do alvo. Mas ele intervém no mercado sempre que considera que há problemas de liquidez ou volatilidade excessiva. Ao mesmo tempo, cabe à instituição assegurar a solidez do sistema financeiro. Munição para atuar nessas diversas frentes não falta. Mas, desde que a turbulência entrou em um novo patamar de instabilidade, o crédito internacional secou. Meirelles precisou agir rapidamente para impedir que o colapso externo, sentido aqui nas linhas de financiamento à exportação, contaminasse os bancos do país. O BC colocou aproximadamente 70 bilhões de reais nos bancos para remediar a falta de dinheiro que vinha de fora. Essa estratégia ocorreu em duas frentes: na diminuição dos depósitos compulsórios que os bancos precisam deixar parados no BC e na venda de dólares nos mercados à vista e futuro. O governo anunciou também medidas de incentivo para que os grandes bancos comprem as carteiras de crédito das instituições pequenas, principalmente aquelas voltadas para o crédito consignado e para o financiamento do varejo.
Fotos Antonio Scorza/AFP e Roberto Setton |
DO CARTÃO AO CARRO A crise atingiu, em graus distintos, toda a economia brasileira. As exportações de carros caíram 7%, e o crédito ao consumo ficou mais caro |
Esse contra-ataque inicial surtiria algum efeito, mas não bastaria para suprir todo o crédito interbancário que se evaporou nas últimas semanas nem para atender plenamente às necessidades do financiamento à exportação (veja o quadro). Era preciso reforçar o ataque. Chegara o momento de utilizar, com mais inteligência, as reservas internacionais, a poupança em moeda forte que o país acumulou nos últimos cinco anos e que hoje supera 200 bilhões de dólares, além de aprimorar os mecanismos de defesa da solidez dos bancos nacionais. Na tarde de quinta-feira, durante uma reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional, foi regulamentada a Medida Provisória 442. Com essa legislação, o Banco Central ganhou mais poder de fogo. Um de seus dispositivos permite que o BC faça empréstimos em dólares para empresas brasileiras. O objetivo é auxiliar no desentupimento dos canais do crédito à exportação. Mas o alcance mais abrangente dessa MP está na possibilidade de o BC fazer empréstimos emergenciais para bancos que estejam em apuros. Como contrapartida, essas instituições terão de dar ao BC, como garantia, suas próprias carteiras de crédito.
Esse tipo de operação existe há décadas em todo o mundo. No Brasil, é previsto desde 1964. Por que então a necessidade de fazer uma nova MP para dispor sobre o assunto? Os consultores jurídicos do governo consideravam que a lei existente era suficiente. Aí entrou a precaução de Meirelles, sabedor dos problemas jurídicos que atormentam até hoje a vida de ex-presidentes de bancos centrais. Um grupo de juristas externos foi chamado a lançar uma lupa na questão, e descobriu uma brecha: havia uma indefinição legal sobre o mecanismo para determinar o preço a ser atribuído a um ativo (no caso, as carteiras de crédito). Incrivelmente, o rascunho da MP existia já em janeiro deste ano, e desde então Meirelles tentava convencer seus colegas do governo da necessidade de aprová-la. "Sem a MP, eu não faço", dizia Meirelles, referindo-se ao resgate de bancos pequenos em dificuldades.
Arni Torfason/AP |
O HORROR Manifestantes pedem a demissão do presidente do Banco Central da Islândia, país varrido pela crise atual; abaixo, jornal retrata o crash de 1987 |
Lula acordou para o problema apenas após o agravamento da turbulência e da intensificação de seu contágio ao redor do globo. Dez dias atrás, quando as campanhas eleitorais ainda pegavam fogo em todo o país, ele, em conversa com Meirelles, topou aprovar a MP. Mas só depois de fechadas as urnas. Os dois passaram a se falar diariamente, diante da preocupação mútua com o desenrolar da turbulência e o início das notícias de que ela começava, finalmente, a ser sentida na chamada economia real do país – aquela que afeta o dia-a-dia das famílias e das empresas. Lula convocou uma reunião de seu conselho político para a manhã da segunda-feira 6 de outubro, no Planalto. Meirelles foi convidado a participar e expor seu pleito. Se convencesse os líderes, a MP seguiria em frente. Na reunião, Meirelles ouviu indagações curiosas. Uma delas: "Por que o senhor insiste em apresentar sua proposta por meio de uma medida provisória, em vez de projeto de lei? Qual é a urgência?". Meirelles foi direto ao ponto: disse que, sem a possibilidade de socorrer os bancos menores com os empréstimos de redesconto, essas instituições correriam o risco de quebrar, contaminando todo o sistema financeiro do país durante os meses (se não anos) em que o projeto fosse debatido no Congresso. As perguntas pararam aí. Presentes ao encontro, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo, referendaram a urgência de atuar para impedir que o crédito empoçasse no país. Esse cenário de pesadelo foi suficiente para Meirelles convencer os presentes de que a MP precisava ser aprovada. Na quarta-feira, ele se reuniu com os líderes da oposição. Quase ninguém se opôs. E assim se editou a MP, regulamentada na quinta-feira.
Esse reforço na artilharia chega em boa hora, mas, mais uma vez, pode não se mostrar suficiente. O nível de volatilidade nas bolsas mundiais atingiu os maiores valores jamais registrados. No fim de semana, os líderes das principais economias do planeta estariam reunidos em Washington, empenhados em discutir uma saída para esse túnel escuro e extenso que parece não ter fim. Até a sexta-feira passada, o pânico irracional era a única descrição cabível para o que se via nos mercados financeiros. Toda essa turbulência arrastará o mundo para a recessão? Os países emergentes, como a China e o Brasil, conseguirão permanecer de pé mesmo diante do colapso americano e europeu? Em um momento como esse, o meio do caminho entre o céu e o inferno pode ser um bom lugar para estacionar.
"Temos munição"
Paulo Giandalia/Valor | "Nossas ações visam a amenizar a contração de crédito e a pressão cambial, os dois canais de contágio da crise na economia brasileira"
INTERESSE PÚBLICO |
O Banco Central está disposto a usar todo o seu arsenal para assegurar o funcionamento do sistema financeiro brasileiro. É o que diz o presidente do BC, Henrique Meirelles, na seguinte entrevista a VEJA.
Quais são as principais armas do Banco Central para atenuar os efeitos da crise externa?
O Banco Central dispõe de mais de 200 bilhões de dólares em reservas internacionais, depósitos compulsórios volumosos, uma posição substancial no mercado de dólares futuro, além de poderes para efetuar posições de redesconto sem limitações. Portanto, temos munição mais do que suficiente para enfrentar as questões de liquidez do mercado.
O país atravessará a atual crise com um contágio inferior ao de crises no passado recente?
A crise externa é severa, e ninguém estará imune a ela. Além dos fatores mencionados anteriormente, temos uma dívida pública cadente como porcentual do PIB e o BC comprometido com o controle da inflação. É preciso também enfatizar que o governo brasileiro é credor líquido em moeda estrangeira, e, em momentos de crise internacional com depreciação do real, a dívida pública cai. Esse é outro fator estabilizador importante.
O Brasil possui mais de 200 bilhões de dólares em reservas e superávit na balança comercial. Por que o dólar subiu tão rápido?
A falta de dólares nos mercados interbancários internacionais provocou um desequilíbrio momentâneo entre oferta e demanda de dólares. Exportadores que haviam apostado na desvalorização da moeda americana tiveram que comprar dólares para fechar a posição perdedora no mercado futuro, reforçando esse desequilíbrio. A queda do preço das commodities também parece ter contribuído para esse movimento. Finalmente, o aumento da aversão ao risco internacional fez com que investimentos retornassem aos países de origem. Por outro lado, os fundamentos sólidos da economia brasileira tenderão a prevalecer.
O Banco Central demorou a agir contra os efeitos da crise, vendendo dólares tarde demais?
O BC sempre é criticado por atuar demais ou de menos. Nossa política de ampliação das reservas, por exemplo, foi muito criticada por analistas que não previam a possibilidade de crise. Neste episódio, o BC usou diversos instrumentos à sua disposição conforme foi necessário. Isso não significa que o BC tenha metas para a taxa de câmbio. Tentativas no passado de controlar a taxa de câmbio foram malsucedidas. Nossa atuação visa apenas a reagir a mercados disfuncionais, isto é, sem liquidez.
Em crises da década passada, o Brasil dispunha de reservas, e ainda assim o país foi presa fácil dos especuladores. As reservas evaporaram em poucos dias. Corremos esse risco agora?
Não corremos esse risco agora. Naquela época o Brasil tinha um regime de câmbio controlado e o BC vendia qualquer quantidade de dólares a uma taxa predeterminada. Hoje o país tem câmbio flutuante e fundamentos mais sólidos. O aumento da taxa de câmbio é um fator estabilizador nos fluxos cambiais na medida em que estimula exportações de bens e serviços e desestimula importações dos mesmos. Além do mais, vale repetir que o Tesouro é um credor líquido em dólares. Isso faz com que a dívida pública caia quando há uma depreciação do real.
O BC só decidiu vender dólares das reservas quando a cotação passou de 2,40 reais. Esse é o teto, a meta superior do BC para o câmbio?
O BC não tem meta de câmbio, tem meta de inflação. O BC entrou no mercado quando julgamos ser o momento adequado para uma ação eficaz, como foi demonstrado pelos fatos.
As intervenções do BC no câmbio, na semana passada, ajudaram empresas que haviam feito apostas erradas em câmbio? Foi esse o propósito da ação?
Não houve ajuda a nenhuma empresa ou setor. O BC atua visando a regularizar a liquidez nos mercados de câmbio, cujo desequilíbrio persistente poderia provocar uma crise de graves conseqüências para o país, como tivemos no passado. As intervenções beneficiam a economia brasileira como um todo, os cidadãos e as empresas em funcionamento no país. Além disso, o Tesouro tem tido ganhos cambiais expressivos, e até o momento não houve dispêndio de um centavo público.
A solvência do sistema financeiro nacional está a perigo, como nos EUA e na Europa?
O sistema bancário americano sofreu perdas substanciais no sistema hipotecário, e essa é a causa dos problemas. Os bancos europeus também vêm sofrendo perdas importantes no mercado imobiliário americano. Os bancos brasileiros não têm empréstimos nesse setor. As questões de liquidez no Brasil são reflexo da liquidez externa, e providências estão sendo tomadas. Não há problemas de solvência bancária no país. Note-se que a MP 442 visa a lidar com problemas de liquidez, não de solvência.
Quais as principais ações do BC para mitigar o risco sistêmico?
O BC já reduziu depósitos compulsórios, efetuou vendas de dólares nos mercados à vista e futuro e está provendo linhas de liquidez em dólares. E está preparado para tomar outras medidas, caso necessário.
Por que o BC não aumenta a liquidez reduzindo a taxa de juro, em vez de diminuir os depósitos compulsórios?
Política monetária e gestão de liquidez são coisas distintas e não devem ser confundidas. A decisão sobre taxa de juro visa a cumprir a meta de inflação. As medidas de liquidez visam a assegurar o bom funcionamento dos mercados e seus efeitos na atividade econômica. Ambas as políticas fazem parte dos arsenais dos bancos centrais. O que tem ocorrido em muitos países é que a conjuntura vem se alterando rapidamente.
Caiu a prioridade de combater a inflação?
De forma alguma. O BC continua integralmente comprometido com a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional.
A MP 442 é uma espécie de Proer?
Não. O Proer visou a proteger os depositantes e o país de perdas existentes no sistema financeiro, tal como está sendo feito em outros países. A MP 442 é totalmente transparente, e seu objetivo é apenas enfrentar problemas de liquidez, e não de solvência, de instituições que tenham carteiras de boa qualidade para oferecer ao BC.
Quais são o melhor e o pior cenários para a economia mundial?
O melhor cenário seria uma contenção rápida da crise financeira, com recuperação gradual da disponibilidade de crédito e da atividade econômica ao longo de 2009 e 2010. O pior cenário seria a agudização da crise, o aumento do protecionismo, o nacionalismo exacerbado e as tensões políticas vigentes na década de 30 do século passado.
Qual é o mais perigoso canal de contágio da crise mundial na economia brasileira?
A contração do crédito, que teria efeito contracionista sobre a atividade econômica, e a pressão cambial, que poderia ter efeito inflacionário. Nossas ações visam exatamente a mitigar esses impactos sobre a economia.