FSP
Como é que se explica que, todas as partes da política econômica sendo certas, o resultado final tenha dado errado? Para ajudar no enorme esforço dos colegas de tentar explicar o fracasso, passando ao largo dos juros, tomo a liberdade de repetir um texto de março de 1999 sobre as máximas dos "juristas" (os adeptos dos juros altos em qualquer circunstância), com algumas adaptações.
Primeira máxima - "Em qualquer nível de atividade econômica, de inflação e de reservas cambiais, os juros sempre estarão defasados em 20%."
Segunda máxima - "Se o consumo cresce, a taxa de juros tem que ser alta para evitar repasse para preços. Se o consumo não cresce, a taxa de juros precisa ser alta para que ele continue não crescendo. Se não existe nem inflação nem consumo em alta, a taxa de juros tem de ser alta por alguma razão que não me ocorre no momento."
Terceira máxima - "Se as reservas cambiais estão baixas, a taxa de juros tem de ser alta para que os dólares entrem. Se as reservas cambiais estão elevadas, a taxa de juros tem de ser alta para que os dólares não saiam."
Quarta máxima - "Se tem corrida contra o real, a taxa de juros tem de ser alta para contê-la. Se não tem corrida contra o real, a taxa tem de ser alta porque é melhor prevenir do que remediar."
Quinta máxima - "Os culpados pelos problemas causados por uma política de taxas de juros excessivamente altas são os adeptos da fracassomania, que criam expectativas negativas, alertando para os problemas causados pela política de taxas de juros excessivamente altas."
Sexta máxima - "Se a política de taxa de juros alta quebrar o país, o problema é com outro departamento. O meu só cuida dos juros."
Sétima máxima - "A culpa de uma política econômica que depende de uma meta inviável para ser bem-sucedida é da meta inviável. Depois que se mostrou inviável, meta inviável não tem pai."
Oitava máxima - "Política de juros conservadora é aquela que conserva o país quebrado."
Nona máxima - "Todo gasto público não destinado a pagamento de juros é, por definição, "gastança"."
Décima máxima - "Toda previsão econômica é absolutamente correta até nossa próxima retificação semanal."
O biólogo e os dinossauros
Autor celebrado de um livro em que retoma os princípios da biologia para entender a economia, Eduardo Giannetti da Fonseca explora bem a irracionalidade intertemporal individual: o impulso que leva as pessoas a privilegiar um momento de bem-estar no presente, sacrificando o futuro.
Foi desafiado a aplicar sua lógica à política monetária. O que explica que, para garantir a tranqüilidade do mercado (e a sua) no curto prazo, o Banco Central adote uma política monetária que, ao aumentar desmedidamente os juros, amplie o endividamento público a ponto de ameaçar o futuro?
Resposta de Giannetti: a alternativa à política monetária atual seria a explosão do consumo, levando a inflação a sair de controle, a economia a se desorganizar, o fantasma da hiperinflação voltar a rondar o país.
É um economista-biólogo que acredita em dinossauros.
Entrevista:O Estado inteligente
- Índice atual:www.indicedeartigosetc.blogspot.com.br/
- INDICE ANTERIOR a Setembro 28, 2008
Arquivo do blog
-
▼
2005
(4606)
-
▼
dezembro
(535)
- Mariano Grondona Sobre el síndrome anárquico-autor...
- Vozes d’África REINALDO AZEVEDO
- Merval Pereira Estranha aliança
- FERNANDO GABEIRA Globalização e as sementes do equ...
- O que sobrou de 2005? GESNER OLIVEIRA
- FERNANDO RODRIGUES Perdas e danos em 2005
- CLÓVIS ROSSI Férias?
- Editorial da Folha de S Paulo
- Editorial de O Estado de S Paulo
- CELSO MING Mudou o foco
- Rodovias - a crise anunciada por Josef Barat*
- A saúde que faz mal à economia Robert Fitch
- Villas-Bôas Corrêa Do alto o governo não vê
- Merval Pereira Os números do impasse
- Celso Ming - Bom momento
- Não contem ao presidente LUIZ CARLOS MENDONÇA DE B...
- As limitações da política econômica FERNANDO FERRA...
- NELSON MOTTA Barbas de molho
- ELIANE CANTANHÊDE Emergência
- CLÓVIS ROSSI Emprego e embuste
- Editorial da Folha de S Paulo
- Editorial da Folha de S Paulo
- Editorial da Folha de S Paulo
- Não na frente...
- Wagner faz da Viúva militante- claudio humberto
- Sharon, o homem do ano Por Reinaldo Azevedo
- Brasil - Idéias para tirar o Estado do buraco
- Editorial de O Estado de S Paulo
- Negócio da China? PAULO NOGUEIRA BATISTA JR.
- JANIO DE FREITAS Votar para quê?
- DEMÉTRIO MAGNOLI O fator BIC
- MARTA SALOMON Quem tem medo do caixa um?
- CLÓVIS ROSSI O risco-empulhação
- Editorial da Folha de S Paulo
- CELSO MING A âncora da economia
- Editorial de O GLOBO
- Merval Pereira Soy loco por ti, América
- Tiro no pé abriu o 'annus horribilis' Augusto Nunes
- Sem perder a pose - Blog do Noblat
- Zuenir Ventura Louvado seja o Pan
- Editorial de O GLOBO
- ALI KAMEL Feliz ano novo
- Merval Pereira A turma do mensalão
- ELIO GASPARI O Ano da Pizza começou no Ceará
- Ação brasileira gera importante avanço JOSEPH E. S...
- FERNANDO RODRIGUES Legado do "mensalão"
- CLÓVIS ROSSI A empulhação, em números
- Editorial da Folha de S Paulo
- Editorial da Folha de S Paulo
- Editorial da Folha de S Paulo PÉSSIMA IMAGEM
- Editorial de O Estado de S Paulo
- Faltou o espetáculo Celso Ming
- O Banco Central e o paradoxo do dólar Sonia Racy
- Augusto Nunes - Essa candidatura parece provoção -
- Cuecão de ouro: absolvição cara - Claudio Humberto...
- Distorções Celso Ming
- Feliz ano novo ALI KAMEL
- RUBENS BARBOSA Crise de identidade
- ARNALDO JABOR Só nos restam as maldições
- Merval Pereira Símbolos e realidade
- O procurador procura toga AUGUSTO NUNES
- Sinais alarmantes ROBERTO BUSATO
- CLÓVIS ROSSI PT x PSDB, perde o Brasil
- Editorial da Folha de S Paulo
- Editorial da Folha de S Paulo
- Editorial da Folha de S Paulo
- Lula tentou abafar investigações, diz presidente d...
- FERNANDO RODRIGUES Ingenuidade ou farsa
- VINICIUS TORRES FREIRE Ano novo, vida velha
- Editorial da Folha de S Paulo
- Editorial da Folha de S Paulo
- Carlos Alberto Sardenberg A culpa é do governo
- dívida externa e risco Brasil
- AUGUSTO NUNES Nunca se viu nada parecido
- FERREIRA GULLAR Um Natal diferente
- LUÍS NASSIF O "príncipe" dos jornalistas
- História de Natal RUBENS RICUPERO
- Força de Lula deve definir candidato do PSDB
- ELIO GASPARI Um novo estilo: o minto-logo-desminto
- ELIANE CANTANHÊDE Enquanto março não vem
- CLÓVIS ROSSI O sinal e o bocejo
- Editorial da Folha de S Paulo
- Editorial da Folha de S Paulo
- Desigualdade e transferência de renda
- Pobres se distanciam de ricos e dependem mais do g...
- Daniel Piza História da ilusão
- João Ubaldo Ribeiro A qualidade de vida ataca nova...
- CELSO MING De três em três
- Governo amplia Bolsa Família, mas não ajuda benefi...
- VEJA Mensalão:Marcos Valério processa o PT
- VEJA Eduardo Giannetti da Fonseca O fim do ciclo d...
- VEJA Tales Alvarenga O nosso Muro de Berlim
- VEJA MILLÔR
- VEJA Diogo Mainardi Uma anta na minha mira
- Além do Fato: A polarização PT e PSDB Bolívar Lamo...
- 2006 não será 2002 GESNER OLIVEIRA
- FERNANDO RODRIGUES Visão de dentro da crise
- CLÓVIS ROSSI A confissão
- Editorial da Folha de S Paulo
- Editorial da Folha de S Paulo
-
▼
dezembro
(535)
- Blog do Lampreia
- Caio Blinder
- Adriano Pires
- Democracia Politica e novo reformismo
- Blog do VILLA
- Augusto Nunes
- Reinaldo Azevedo
- Conteudo Livre
- Indice anterior a 4 dezembro de 2005
- Google News
- INDICE ATUALIZADO
- INDICE ATE4 DEZEMBRO 2005
- Blog Noblat
- e-agora
- CLIPPING DE NOTICIAS
- truthout
- BLOG JOSIAS DE SOUZA