O Estado de S. Paulo |
Desde junho, o mercado de ações no Brasil tem operado com mais firmeza. O Índice Bovespa, que mede a variação das 57 principais ações do mercado, bateu em dezembro recordes históricos de pontuação e, apesar de algum ajuste, fechou este ano com valorização de 27,71%. Até onde vai o fôlego? Pelo menos nos últimos 30 anos, o grande absorvedouro da poupança nacional foi sempre o Tesouro Nacional que teve de arrumar financiamento para o crescente gasto público. É por isso que o País tem uma dívida pública de 52% do PIB. Como o elefante suga a maior parte do que está na caixa d'água, tem sobrado pouco para ajudar a capitalizar as empresas. Ou seja, diante de um concorrente tão sedento, que paga juros brutos de 18% ao ano, a Bolsa vive de espasmos. Mas este pode ser um bom momento para o mercado de ações. O interesse tem aumentado. O excelente desempenho dos fundos Petrobrás (alta de 52,77% no ano, até 23 de dezembro), Vale do Rio Doce (29,58% no ano, também até 23 de dezembro), PIBB1 (81,63% em 18 meses) e PIBB2 (17,35% em 3 meses) está chamando a atenção do pequeno aplicador para esse mercado. Neste ano, foram lançados R$ 14 bilhões em ações novas, 56% a mais do que no ano passado. O que esperar da Bolsa em 2006? Há novas forças puxando para cima. A primeira tem a ver com a política monetária. Como a inflação está sob controle e, mais que isso, em 2006 não serão precisos sacrifícios tão grandes como os exigidos em 2005 para garantir a meta de inflação do ano, os juros podem ser mais baixos. E, quando os juros recuam, mais aplicadores se dispõem a canalizar recursos para a renda variável, observa Ricardo Cavalheiro, estrategista da corretora Santander-Banespa. Outro fator de aumento da procura de ações é a relativa calmaria na área externa. O capital normalmente tão covarde e predisposto à fuga não está farejando turbulências e, por isso, parece mais propenso a correr os riscos da Bolsa. Marcos de Callis, diretor de Pesquisas de Investimento da Itaú Corretora, acrescenta que os preços do petróleo não têm espaço para subir muito acima do que já subiram. E, como a demanda mundial seguirá forte, também é improvável que haja recuos significativos de preços. Também não há sinais de que ocorra ajuste estrutural brusco da economia americana. E, de mais a mais, se coisas assim acontecerem, a economia brasileira não estará mais tão vulnerável como na década de 90, graças ao alto volume de reservas externas e à extinção de dívida interna amarrada ao câmbio. Dia 13 de dezembro, o Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos) passou o recado de que o aperto monetário no mercado americano está quase no fim. Segue-se que continuará existindo abundância de capitais no mundo. Uma parcela desses recursos poderá ser canalizada para as ações no Brasil - aposta Sérgio Goldman, estrategista-chefe de Renda Variável da Unibanco Corretora. Outro fator decisivo relacionado com a baixa dos juros no mercado interno e com o provável bom comportamento da economia mundial é a perspectiva de maior crescimento econômico no Brasil em 2006. Mais consumo interno melhora os resultados das empresas e, portanto, atiça a procura de ações. Não se pode ignorar eventuais ameaças. A mais importante tem a ver com a briga eleitoral. Se um candidato bem situado nas pesquisas de intenção de voto assumir posições esquisitas em matéria de política econômica, adverte Pedro Paulo Bartolomei da Silveira, economista-chefe da Global Invest, o leite pode azedar. E, se o grau de desconfiança aumentar, será inevitável uma fraquejada. Mas o clima está favorável. |
Entrevista:O Estado inteligente
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sexta-feira, dezembro 30, 2005
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