Entrevista:O Estado inteligente

sábado, dezembro 09, 2006

A COVARDIA NÃO TEM LIMITES

Por Giulio Sanmartini

Mais uma vítima da pobreza. Essa atende pelo nome de Daniele Toledo do Prado e tem 21 anos, não tentou furtar nada, sua filha Victória (1 ano e 3 meses) durante 4 meses foi levada ao Hospital Universitário de Taubaté com uma doença que médico algum conseguiu diagnosticar. Na última vez, depois de 7 horas de espera para que lhe fosse aplicada o soro, conseguiu uma vaga na UTI quando a criança teve a segunda parada cardíaca. A paciente morreu, sem medo de errar pode-se dizer que foi por deficiência e negligência do serviço de saúde. Mas foi aí que começou o drama. Uma enfermeira acusou Daniele de ter posto cocaína no leite da mamadeira, foi presa, ofendida pelos policiais que lhe diziam: “chora vagabunda”. Foi transferida para a penitenciária de Tremembé, por mais de 4 horas foi espancada violentamente por 18 companheiras de cela que sabiam da morte de Victoria, teve fratura na mandíbula e enfiaram-lhe uma caneta no ouvido. O inferno durou 37 dias, quando o núcleo de toxicologia do Instituto Médico Legal (IML) que havia anteriormente confirmado a cocaína, concluiu que se enganara, era uma sustância similar. O diretor do IML de São Paulo Hideaki Kawata que levou um mês para perceber o engano teve a desfaçatez de declarar “Essa coitada deu muito azar”, claro, não eram nem a filha nem a mulher deste filho da puta (peço desculpas pelo termo, mas minha indignidade não encontra outro).
Alo! Alo! Pai dos Pobres, enquanto você faz turismo seus eleitores estão sendo torpemente vilipendiados

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