Entrevista:O Estado inteligente

sábado, julho 08, 2006

VEJA Diogo Mainardi O lulismo-lelé

"Eu sempre desconfiei de leituras
psicanalíticas, mas o quadro é bastante
claro. Lula tem dificuldade patológica em
compreender o que lhe pertence e o
que pertence aos outros"

O lulismo é uma psicopatia. Quem deu a dica foi o próprio Lula, duas
semanas atrás, no discurso de abertura de um congresso de economia
solidária. Ignoro o que seja economia solidária. Mas sei reconhecer
um psicopata quando vejo um.

Em seu discurso, Lula lembrou como foi escolhido para presidir o
sindicato dos metalúrgicos do ABC, em 1975. É uma passagem inédita de
sua biografia. Procurei-a em Lula – O Filho do Brasil, de Denise
Paraná. Procurei-a também em Lula – O Início, de Mário Morel, que
acaba de ser republicado pela editora Nova Fronteira. Nenhum dos dois
menciona o episódio. Pelo que Lula contou no congresso de economia
solidária, os metalúrgicos o escolheram por meio de um "curso de
psicodrama". Há casos de líderes sindicais que foram eleitos por meio
de pancadaria. Há casos de líderes sindicais que foram eleitos por
meio de assassinatos. Lula foi o primeiro sindicalista da história a
ser eleito por meio de um curso de psicodrama. O sindicato dos
metalúrgicos, na época, estava cheio de agentes infiltrados do SNI. O
curso de psicodrama só pode ter sido uma idéia da sinistra secretaria
psicossocial do general Golbery do Couto e Silva.

De acordo com Lula, ele tinha um concorrente ao cargo. Os dois foram
incitados pelo psicodramista a representar suas visões do sindicato.
O concorrente de Lula montou nas costas de um companheiro e imitou um
avião. Lula, como sempre mais banal, como sempre mais dissimulado,
simplesmente pediu aos metalúrgicos que formassem uma roda e dessem
as mãos. Ganhou. Seria bom conhecer o sindicalista que montou nas
costas do companheiro. Eu teria votado nele. O Brasil certamente
estaria em melhor estado se ele tivesse sido eleito no lugar de Lula.

No mesmo discurso sobre economia solidária, Lula comparou o Brasil a
um aeromodelo desmontado. Cito-o. Cito-o longamente. Eu sei que é
aborrecido. Mas, se há gente disposta a aturá-lo por mais quatro
anos, é porque pode aturá-lo também por um trecho de 478 toques:

"Uma vez eu ganhei um avião de presente para o meu filho e um avião
todo escrito em inglês, aquelas cartilhas para montar. Eu cheguei em
casa, peguei aquele avião e falei: o que diabos eu vou fazer com isso
aqui? Eu não sei ler inglês, eu não conheço nada de avião, como é que
eu vou montar? A primeira impressão que tive foi de jogar fora,
deixar lá. Aí eu lembrei que era possível procurar alguém que
soubesse montar para mim. Arrumei uma pessoa que montou o avião e
ficou bem".

Eu sempre desconfiei de leituras psicanalíticas, mas o quadro é
bastante claro. Lula tem dificuldade patológica em compreender o que
lhe pertence e o que pertence aos outros. O aeromodelo foi
presenteado a ele ou ao filho? É incerto a que filho ele se referia.
Se o presente foi dado a Lulinha, quais eram os termos em inglês?
Gamecorp? Game TV? Play TV? Pior: se o Brasil era complicado como um
aeromodelo desmontado, o primeiro impulso de Lula, depois da posse,
foi jogá-lo fora?

Se Lula for reeleito, é sinal de que os brasileiros surtaram. Minha
receita é despejar Risperidon nos reservatórios hídricos.

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