
Em quatro anos, Lula duplica
patrimônio, graças ao seu
esforço de poupar e aos juros
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Julia Duailibi
O patrimônio do presidente Lula dobrou de tamanho desde que ele chegou ao Palácio do Planalto. Em 2002, ao entregar sua declaração de bens à Justiça Eleitoral, Lula informou que tinha um patrimônio de 423.000 reais, composto de três apartamentos, um terreno, um automóvel e três aplicações financeiras. Na semana passada, na declaração de bens apresentada para concorrer à reeleição, o presidente listou um patrimônio de 840.000 reais. A declaração mantém os bens de 2002 e acrescenta um apartamento, ainda em construção, no Guarujá, no litoral de São Paulo. O grande salto ocorreu nas aplicações financeiras. Antes, Lula tinha 118.000 reais aplicados. Agora, são 478.000 reais. Uma pequena parte disso, 3.500 reais, está em ações da Petrobras, do Banco do Brasil e da Vale do Rio Doce.
Em quatro anos, o patrimônio de Lula cresceu 98,5%. É um desempenho altamente positivo e revela o perfil de investidor: ele é um conservador. A maior parte dos investimentos do presidente foi feita em títulos do governo, no que ele é acompanhado por nove em dez brasileiros. Ele também investiu em ações de empresas estatais. Ganhou com os juros altos pagos na rolagem da dívida pública e com o bom desempenho nas bolsas das empresas em que acreditou. Se há coisas a criticar no presidente, a revelação de seu patrimônio e de suas opções de investimento não é uma delas. Por gastar menos do que ganha e ainda investir, Lula dá um bom exemplo aos brasileiros.