Entrevista:O Estado inteligente

quinta-feira, julho 13, 2006

Está confirmado Antonio Fernandes


 (12/07/06 18:15)

Acabo de assistir, boquiaberto, uma fala de Lula no Globo News. Ele reafirma que parte do pressuposto de que o governo de São Paulo tem condições de enfrentar a crise da segurança pública no estado, mas questiona logo a seguir tal capacidade com uma frase mais ou menos assim: mas se eles tivessem condições de controlar a situação, não estaria acontecendo o que vocês estão vendo (a transcrição não é literal, mas o sentido é este). E aí continua insistindo, vergonhosamente, com a tal ajuda federal, dizendo que só está aguardando o governo de São Paulo solicitar o auxílio já prometido. Como se a tal Força Nacional de Segurança existisse de fato, servisse para alguma coisa, pudesse fazer algo que a polícia paulista não pode fazer. É claro: é uma armadilha. Aceita pelo governo paulista a intervenção da força de segurança de Lula (na verdade um ajuntamento de policiais de vários estados), Marcola e os chefes do PCC interromperão os atentados. E aí o crédito vai diretamente para Lula e o descrédito para o governo de São Paulo (quer dizer, para os tucanos que governaram o Estado durante quase uma década e não foram capazes de resolver a situação). Se o governo de São Paulo não aceita a força de fancaria, os atentados terroristas continuam e as oposições levam a culpa por terem - por motivos eleitoreiros - recusado a generosa ajuda presidencial, colocando em risco a vida da população. Gostaram ou querem mais? Tem mais, muito mais. Este é o presidente que foi salvo pelo PSDB. Este é o cara que foi recuperado pela leniência oposicionista para concorrer como player legítimo do jogo eleitoral. Confirma-se assim, mais uma vez, o que disse em minha nota abaixo. Lula e o PT não têm limites. Eles não vão concorrer para perder. Imaginem o que acontecerá se Alckmin subir mais um pouco. Imaginem o que Marcola não fará às vésperas das eleições, se a disputa estiver acirrada. Entendam, meus amigos: estamos mesmo diante de um caso de polícia, num sentido muito maior, incomparavelmente maior do que o dos atos disruptivos promovidos pela comando de Marcola. 



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