OS RUSSOS ESTÃO VOLTANDO APOIADOS EM SEUS MUÇULMANOS

DO Nahum Sirotsky em Israel


- O relatório da União Européia com o titulo de “ islamofobia” representa grave mancha nos 25 paises brancos que tentam criar uma Europa única. Falham os governos, as sociedades,, os sistemas de educação, a mídia.A Europa foi cena do genocídio de judeus nos anos 4o.
Cerca de seis milhões foram assassinados por decisão de Hitler, ditador da Alemanha que era austríaco de nascimento.Ele aproveitou para mandar matar ciganos, homo- sexuais .Foi há 60 anos que nada são no contexto dos milhares de anos da existência da chamada civilização.

O estudo sobre os muçulmanos foi realizado pelo Centro Europeu de Monitoramento do Racismo e Xenofobia .Foram descritos ameaças e ataques físicos a muçulmanos.E afirma que
as manifestações da fobia são insuficientemente condenadas. . Os muçulmanos são menos de 4 por cento da população européia.E tem um dos mais altos coeficientes de desemprego..

O racismo e a xenofobia são graves doenças individuais e sociais.Corroem a moral . São altamente contagiosas. Logo se enraízam e empobrecem culturas.

Ao contrario do que se imagina, esta fobia européia não deriva apenas do renascimento do
jihadismo, dos ataques ás sociedades ocidentais pelos grupos radicais do Islã..Resulta em grande parte da situação dos muçulmanos. .Em falhas na educação das populações tradicionais em serem devidamente informadas sobre a existência do outro, do diferente.De se abrirem para acolher-los.

Hitler não teve muitos problemas para promover o anti-semitismo.Ele vinha sendo implantado há séculos.O ditador nazista soube explorar todas as mentiras sobre o judeu transformadas em mitos. Nem pátria tinham eles,portanto,indefesos. São no total,hoje,inclusive os israelenses, cerca de 14 milhões , ou 0,22 por cento da população mundial. O caso dos muçulmanos é bem mais complicado.Contam com 57 paises.Representam um bilhão e 300 milhões de indivíduos, cerca de 20 por cento da população do mundo.. O que sofrem de preconceitos reflete-se e fortalece os segmentos mais radicais entre os imigrantes e nas regiões e paises de origem. São grande influencia no que se optou chamar de choque de civilizações. Sem um dialogo entre as culturas mais provável se torna um choque violento. Figuras como Nazrallah do Hizballah libanês, do presidente iraniano .claro,Bin Laden, entre outros grsndes do extremismo, ganham simpatias e papel de modelo.

A islamofobia mostra quão profundo ainda é o lado ignorante do europeu. Os radicais que recorrem ás táticas terroristas são minorias, hoje como sempre foram..A generalização é desonesta e injusta. A maioria dos terroristas de nossos dias é de muçulmanos,porem,o inverso não é verdadeiro.Mas vai se criando como mito que todo o muçulmano ´terrorista .

O governo de Putin entendeu o erro que vinha sendo cometido contra os islamitas desde os tempos da desaparecida e fracassada União Soviética que tinha considerável população de muçulmanos. Os imperadores russos se empenhavam em assimila-los ao império. Não é aqui o local e espaço para lembrar o passado de boas relações.Os comunistas ,que qualificam a religião de ópio do povo,perseguiram e proibiram a todas.. Em 1917, antes da Revolução Comunista de Outubro, o império russo tinha 26 mil mesquitas funcionando.
Segundo estatísticas conhecidas, no declínio e queda do império soviético restavam cerca de 400.Alem do mais, lembra-se em “ Islam in Rússia”,de Shireen Hunter,por exemplo, ( (ed,M.F.Sharpe), os comunistas adovam a política de fragmentação étnica.
Conseqüentemente,as republicas islamicas soviéticas passaram a ser divididas entre etnias e seitas incompatíveis não chegando a criarem identidade nacional.Sem o sentimento de uma pátria, perseguidos pelo governo central comunista,os maometanos encontraram sua individualidade na fé islâmica que passou a inspirar o seu nacionalismo e movimentos de resistência. Na primeira oportunidade , no colapso soviético, inúmeras das republicas islâmicas se proclamaram independentes. A religião ressuscitou.. E veio a ser inimiga de \Moscou que ressente este fato .Putin tenta que a Russia volte a ter as melhores relações possíveis com os segmentos islamicos russos.

A Rússia de hoje se estende por 17 milhões de quilômetros quadrados, duas vezes o tamanho do Brasil.De seus 145 milhões de habitantes cerca de 20 por cento são de religião grego-ortodoxa ,cristãos,e 15 por cento são muçulmanos.È grande o numero dos que se qualificam descrentes provavelmente como decorrência dos 70 anos do comunismo e sua condenação das religiões.A taxa de nascimento entre os etnicamente russos é de 1,5 por cem mulheres.E´de 5 entre os muçulmanos. O que quer dizer um percentual cada vez maior de muçulmanos na população . Putin tem plena consciência da necessidade de integrar os muçulmanos á sociedade russa, como nos tempos monárquicos,apesar da resistência do clero ortodoxo.Não há alternativaO Islã tem de ser aceito como parte da identidade cultural russa.

.E´estratégico para Moscou, não apenas pelos seus interesses de voltar a ser potencia como internos, relativos a parcela considerável de sua população, manter as melhores relações possíveiscom o mundo islâmico em geral e o árabe em particular.Putin tende a tomar iniciativas independentesde se demonstrar promotor de soluções dos conflitos regionais, do Oriente \Médio.
Está tentando diplomacia de ganhar amigos e mercados no mundo islâmico não russo.

Condoleeza Rice,, comentou há dias que o velho Oriente Médio está em transformação. Um novo está sendo gerado .E é obvio.Mas não se pode prever sua configuração.Será de democracias com simpatias pelo Ocidente ou teocracias atraídas para a Rússia com simpatias pelo Islã? A Europa e Estados Unidos estão empenhados na construção de nova imagem.As pressões para que Israel e Palestinos voltem a negociar uma solução tendem a crescer em 2007.Mas o manifesto racismo europeu não ajuda. A Rússia está voltando ao Oriente Médio para ganhar amigos o que,inclusive, influirá positivamente nas relações de \Moscou com o segmento islâmico do pais..A islãmofobia alem de moralmente inaceitável,é uma grande burrice para os interesses americanos e ocidentais de influencia regional em declínio.Mas ainda não existem programas com idéias de combate-lo.