Entrevista:O Estado inteligente

sábado, dezembro 02, 2006

Critérios para desempatar

Critérios para desempatar

 

Mirian Fichtner

O casal gaúcho Jader Cardoso da Silva e Janine Locatelli ficou na dúvida entre três escolas de Porto Alegre até matricular sua filha Giulia, de 7 anos, no Colégio Farroupilha. Como o que eles mais queriam era achar uma escola que combinasse com o estilo de educação e de valores da família, estabeleceram os seguintes critérios de desempate:

TAMANHO DA ESCOLA
Escolheram a menor. "Queríamos que os professores nos conhecessem pelo nome", diz Jader.

FILOSOFIA DA ESCOLA
Eles não queriam um colégio com disciplina rígida e cortaram da lista os que tinham orientação religiosa. "Eu vinculo os colégios católicos à inflexibilidade por causa da experiência que tive como aluno", afirma Jader.

CONSENSO DOS AMIGOS
"Procurei conversar com as mães da escola maternal de Giulia para saber onde elas matriculariam seus filhos", diz Janine. "Foi uma boa estratégia, pois, ao lado dos colegas do jardim-de-infância, minha filha não se sentiu tão perdida na escola nova."

 

As aulas que fazem diferença

Muitos vestibulares, além do Exame Nacional do Ensino Médio (do MEC), têm questões que entrelaçam várias áreas do saber. Seguindo esse conceito, algumas escolas adicionaram ao currículo aulas extras para ampliar a visão de mundo do aluno. Não surpreende, portanto, o fato de as escolas referidas a seguir estarem entre as melhores de seus estados no Enem.

Antonio Milena


ROBÓTICA
O Colégio Alfred Nobel, em Salvador, inicia conceitos de engenharia e física para alunos de 5ª a 8ª séries por meio de aulas de robótica. Nelas, os estudantes vão além de montar um robô. Desenvolvem o programa de computador que lhes confere movimento.

LEGO EDUCACIONAL
Os alunos de 1ª a 4ª séries do Colégio Sacramentinas, em Salvador, aplicam conhecimentos teóricos das aulas de ciências e matemática brincando de Lego. Com as peças de montar constroem balanças, representam o sistema solar ou fazem um coração mecânico.


Antonio Milena


MANDARIM
No Colégio Sidarta, em Cotia, na Grande São Paulo, há aulas de chinês. Trata-se de uma escola que ajusta seus ensinamentos às demandas do mercado de trabalho. "Neste ano, doze alunos viajaram em intercâmbio para a China", diz Maria Cecília Gasparian, diretora do estabelecimento.

XADREZ
O Colégio Bandeirantes, em São Paulo, oferece às crianças aulas de xadrez. "O jogo estimula o raciocínio lógico e as crianças melhoram o desempenho nas matérias exatas", diz Álvaro Aranha Filho, professor de xadrez e jogador profissional.

Com reportagem de Marcos Todeschini

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