O Estado de S. Paulo |
14/12/2006 |
A América Latina, com exceção de México e Chile, é secundária. Entretanto, apesar dos sucessivos fracassos de todas os encontros realizados até agora, no correr dos anos o Itamaraty anuncia mais uma reunião com a UE, prevista para a segunda quinzena de janeiro. Será em Genebra. Se pelo menos fosse em Brasília, onde custaria menos... Mas os representantes da comunidade não têm tempo a perder. Nada de Brasília ou Rio, apesar das suas praias. O negocio é Pequim. A "SANTA ALIANÇA" A coluna vai mais fundo ao analisar a posição da UE. No interior das estruturas de poder da comunidade, o que existe é uma aliança cada vez mais consolidada entre protecionistas, que não querem abrir o mercado agrícola para produtos do Mercosul, e os mais liberais no Norte, que não pretendem fazer concessões sem saber o que vão ganhar em termos de acesso a mercados para seus produtos industriais. "Trata-se da França e da Inglaterra, normalmente rivais em temas comerciais, mas que, em se tratando do Mercosul, estão com um discurso alinhado", informa uma fonte da comunidade, em Bruxelas. Os franceses aproveitam cada ocasião e motivo para justificar a manutenção de altas barreiras contra as importações agrícolas do Mercosul. Já os ingleses, alemães e os países escandinavos estimam que a Europa terá de ganhar maior acesso, além dos produtos industriais, também para os seus bancos. É o que se chega a chamar, na sede da UE, de "Santa Aliança" na Europa contra a abertura para o Mercosul. Todos apontam para a mesma direção, que é esperar para ver o que ocorrerá na OMC. Como na OMC, na questão agrícola não ocorre nada, não há acordo com o Mercosul, como um todo, ou com o Brasil, isolado. Para que mais reuniões? Talvez o Itamaraty não queira admitir publicamente mais esse fracasso, entre tantos, da diplomacia brasileira. Só que nesse caso estão em jogo questões econômicas da mais alta importância para a agropecuária, que ainda sustenta o País, e o setor produtivo brasileiro. Não estamos mais brincando de colocar brasileiros em altos cargos-chave, de jogar dominó com Hugo Chávez ou aturar paternalmente o "enfant terrible" Evo Morales, mas de produzir, exportar, criar empregos, em uma palavra, impulsionar esta economia que moureja há tantos anos, mantendo o País na lista dos miseráveis... ELES EXIGEM MAIS Mas, resolvendo-se a questão agrícola, há possibilidade de um acordo mais comercial, mais amplo? Não, não há dizem, unânimes, as diversas fontes da coluna, na UE, na OMC, em Paris e Londres. Nas últimas semanas, a comunidade deixou claro que quer incluir novos temas nos acordos comerciais com outros países, entre eles padrões trabalhistas e exigências ambientais. Para o Brasil, é pura desculpa para impor barreiras contra as importações; uma atitude até compreensível, pois a Europa ainda não saiu da estagnação. Ao contrário da nossa "genial" política cambial, ela prefere fechar as portas a substituir seus produtos, agrícolas ou industriais, por outros importados. Estão certos. Nós é que estamos errados, fechando de um lado, mas abrindo de outro com o real irracionalmente valorizado. |
Entrevista:O Estado inteligente
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quinta-feira, dezembro 14, 2006
Alberto Tamer - Só a diplomacia acredita em Doha
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