Entrevista:O Estado inteligente

sexta-feira, maio 20, 2005

Há tempos-Desde que me entendo, ouço as notícias da Amazônia por Arnaldo Jabor

Jornal da Globo

"Desmataram o equivalente a mil campos de futebol. Uma área do tamanho da Bélgica" e mostram as queimadas, motosserras e nada se resolve. Onde está o Sivam? Onde está o Exército? Onde está esta coisa morta chamada "governo"? Ah, está dividido, como sempre: uns acham que pode desmatar para crescer outros que não. Por que não criam um grupo de trabalho, uma assembléia de onças, sucuris, tamanduás, uriapurus e micos-leões-dourados para saber se as bases da sociedade querem fogo ou selva?

Enquanto isso, a ministra Marina Silva fica falando: "Vamos estudar, vamos analisar". Não tem que estudar nada. Tem de se criar leis fortes, desapropriação de terra desmatada, automaticamente, radical. Encanar os donos: "Ah, mas o PMDB, o PPP e o "PQP" não deixam. Precisamos de votos para a reeleição".

O Ministério do Meio Ambiente até agora só a cuidou de coisas michas e atormentou empreendimentos importantes: impedir termoelétricas, impedir o Rodoanel de São Paulo, ver se a soja é de direita ou de esquerda. Não adianta mais fiscalização com funcionários sujeitos a propinas e assassinatos no meio da floresta. Tem de ser uma coisa tecnológica, radical, que encane, que provoque medo nos canalhas, mas nada rola.

A verdade é que ninguém consegue fazer nada nunca! Depois, com que cara vamos combater os americanos que querem internacionalizar a Amazônia?

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