Algumas coisas que disse:
* "O Brasil está crescendo menos do que os demais países do continente graças às altas taxas de juros que sufocam a economia. Isso não é mais necessário hoje. Os dólares que entram aqui não estão sendo mais atraídos pelos juros altos. Não se trata de investimento especulativo".
* "O país, hoje, poderia estar andando mais depressa se não fossem as incertezas, as indecisões e a incompetência".
* "Os petistas podem admitir que mudaram. Mas deveriam admitir que erraram quando criticaram o que hoje fazem".
* "Nove dos atuais ministros, entre eles o da Fazenda, votaram contra a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal. O Genoino (presidente nacional do PT) votou contra".
* "Outro dia me perguntaram se acho que Lula virou neotucano. Eu respondi que ainda não".
* "Não quero que o tom deste evento seja de saudade, mas de comichão para o futuro".
* "O Brasil precisa de um governo melhor. O atual prometeu mudar, mas não está mudando nada. Quando assumi o ministério da Fazenda em 1994, eu não sabia como acabar com a inflação, mas acabei. Posso não ter agora respostas para forçar a queda dos juros, mas elas poderão ser encontradas".
* "A população está distante dos seus representantes políticos. A segurança segue sendo um problema grave. E também a corrupção e a falta de Justiça".
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Sobrou para Lula
A propósito do número de empregos que Lula disse na semana passada que foram criadas pelo governo anterior:
- Ele leu mal os números. Tomara que cresça o número de empregos. Não está na hora de cantar vantagem. Quando eu olho o salário-mínimo, fico até assustado. O presidente Lula tem de fazer um certo esforço porque ele prometeu muito e nesses três anos de salário-mínimo ele cresceu 11% e eu em oito anos cresci 44%. A média foi mais alta que hoje. Para alguém que vem da luta sindical e me criticou porque não havia um melhor salário-mínimo, ficou feio. Espero que ele recupere porque está muito feio.
Palocci reconhece erro do PT apontado por FHC
Produziu resultado a estocada dada hoje de manhã em Brasília pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no PT e em algumas de suas estrelas - entre elas o atual ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e José Genoino, presidente nacional do partido.
O ex-presidente lembrou que eles votaram contra a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) que completou cinco anos. Palocci respondeu há pouco:
- Quero fazer uma autocrítica porque naquele momento a minha bancada falhou (ao não votar a favor da LRF). Naqueles idos de 2000 nós não demos apoio à lei. Essa foi uma falha da nossa bancada e eu me incluo nessa falha. Eu fazia parte daquela bancada e os registros devem ser feitos de forma honesta.
O ministro disse, no entanto, segundo o Globo Online, que Lula "não só corrigiu a falha em seu governo, como iniciou uma administração com forte determinação no equilíbrio fiscal."
BLOG Ricardo Noblat
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