A Petrobras tem conseguido financiar considerável parte do seu gigantesco investimento com geração própria de caixa, resultante de um faturamento crescente nos mercados em que atua. A estatal também precisa recorrer a financiamento, seja para o giro de seus negócios ou para compatibilizar seus desembolsos com os prazos esperados para o retorno dos seus investimentos. Considerandose a realidade da indústria do petróleo, até que a Petrobras tem uma relação capital próprio e de terceiros inferior à média, o que justificaria iniciativas para se contratar novos investimentos.
Mas mesmo para uma empresa do porte da Petrobras, o risco-Brasil acaba pesando no custo de captação de capital, e isso talvez explique o fato de a estatal não ter sido mais agressiva no mercado financeiro internacional, quando ainda havia razoável oferta de recursos.
Quando o mercado de crédito e de títulos começava a dar sinais de retração no exterior, o Conselho Monetário Nacional autorizou a Petrobras a contratar empréstimos junto a instituições financeiras oficiais, especialmente o BNDES. E, estranhamente, não divulgou o fato.
Neste momento de perplexidade geral com o que está ocorrendo na economia mundial, para o Brasil seria bem negativo que a Petrobras pisasse fortemente no freio.
Essa é a única explicação aceitável para que a companhia tenha recorrido a um empréstimo de R$ 2 bilhões, para reforçar seu capital de giro, junto a uma instituição financeira como a Caixa Econômica, que sempre se propôs a atender nichos de mercado pouco explorados pelos demais bancos.
Embora a Caixa não tenha esgotado sua capacidade de emprestar, as autoridades monetárias têm liberado depósitos compulsórios para destravar linhas de crédito no sistema como um todo, contando para tal com participação ativa de bancos federais. Essa operação com a Petrobras pode ter comprometido esse esforço, a não ser que não houvesse realmente outra alternativa para a estatal.
Como é uma questão que envolve instituições controladas pelo Tesouro, é preciso que se esclareça as circunstâncias desse empréstimo, pois não se trata de operação financeira usual.
As estatais envolvidas na operação precisam mesmo dar explicações ao Congresso. No caso da Petrobras, inclusive sobre seus custos administrativos e gastos pouco claros inscritos no balanço.
Com o petróleo de volta à faixa dos US$ 50, as empresas do setor têm de ser bem mais eficientes do que na fase dos preços nas nuvens.
Entrevista:O Estado inteligente
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