Lauro Jardim
ljardim@abril.com.br
• GOVERNO
Lula e Dirceu
José Dirceu foi chamado a Brasília por Lula na semana passada. Dirceu circulou em vários lugares, mas foi mesmo à capital por causa do número 1. O que se conversou, não se sabe.
Martelo batido
Lula já decidiu: Nelson Hubner vai comandar a Aneel a partir de janeiro.
Balão se esvaziando
Está murchando a candidatura de Gilberto Carvalho à presidência do PT. Lula prefere que o chefe de gabinete da Presidência continue onde está.
• BAHIA
Tudo bem?
Na semana passada, Geddel Vieira Lima publicou um artigo na imprensa baiana ameaçando entregar os cargos que o PMDB possui no governo Jaques Wagner em razão de críticas que setores do PT têm feito à aliança. No mesmo dia, Wagner ligou para Geddel botando panos quentes. Disse que estava "tudo bem" com a aliança. Geddel respondeu: "Então, está tudo bem". Tradução da conversa: as coisas na Bahia não estão nada bem.
• ELEIÇÕES 2010
Garibaldi e o PMDB do Serra
A boa relação do presidente do Senado, Garibaldi Alves, com a oposição não se restringe às críticas às medidas provisórias – que culminaram com a devolução de uma delas na semana passada. Garibaldi negocia com José Agripino Maia (DEM) a formação de uma aliança em 2010 no Rio Grande do Norte.
A dobradinha PMDB-DEM teria os dois como candidatos ao Senado e a senadora democrata Rosalba Ciarlini como candidata ao governo. A chapa, naturalmente, estenderia a aliança ao candidato tucano à Presidência. Não seria novidade: em 2002, Garibaldi disputou o Senado apoiando José Serra para presidente.
Mordida do Leão fere Felipão
Na véspera da goleada que o Brasil aplicou no time de Portugal, Felipão, ex-técnico das duas seleções, esteve com Lula. Entregou-lhe uma camisa do Chelsea autografada, posaram juntos para fotos e falaram brevemente sobre futebol. Até aí, beleza. Mas o que, afinal, Felipão foi fazer no Planalto? Ele pediu uma audiência com o presidente da República só para trocar idéias sobre futebol? |
• BRASIL
Alan Marques/Folha Imagem |
Celebridade Protógenes: um delegado nos braços do PSOL |
Polícia ou política?
Sabe quem vai virar comendador? Protógenes Queiroz. O delegado-celebridade receberá em dezembro uma das medalhas do Mérito Legislativo concedidas pela Câmara dos Deputados. Cada líder partidário tem o direito de indicar um laureado. Luciana Genro, do PSOL, cravou o nome de Protógenes.
O delegado, aliás, é mais um motivo para as eternas discordâncias na família Genro: enquanto o pai, Tarso, virou um tenaz crítico do futuro comendador, a filha Luciana o defende com unhas, dentes e medalhas.
• ECONOMIA
Em nome da autonomia
Em conversas privadas com alguns parlamentares na semana passada, Henrique Meirelles falou da importância de o Congresso tirar da gaveta e votar um dos projetos que concedem mandatos fixos ao presidente e à diretoria do Banco Central. Não será fácil. Além de setores expressivos do PT, a bancada serrista do PSDB é contra.
• CIDADES
Nem tão caro assim
Sai nos próximos dias um estudo inédito sobre o preço do aluguel dos imóveis comerciais das principais cidades de 48 países. Realizado pela consultoria Cushman & Wakefield, o levantamento mostra que o Brasil não está tão caro assim: no ranking geral, o país ocupa o 32º lugar. A pesquisa avaliou nove endereços brasileiros, entre shopping centers e ruas, e constatou que o Shopping Iguatemi (SP) tem o metro quadrado mais caro do Brasil. Entre as ruas, a medalha de ouro para locação ficou com a Visconde de Pirajá, em Ipanema, que pela pesquisa está à frente da paulistana Oscar Freire.
Quinze vezes mais
Tanto a rua carioca como a paulistana ficam a léguas de distância em termos de valor das primeiras colocadas. A número 1 do mundo é a Quinta Avenida, em Nova York, cujo metro quadrado para locação em alguns trechos é de 27 000 dólares por ano – mais de quinze vezes o valor dos aluguéis cobrados na Visconde Pirajá.
• TELEVISÃO
Ganhando terreno
A Record acaba de comprar mais 81 000 metros quadrados de área para o RecNov, o Projac da emissora. Agora, serão 280 000 metros quadrados de estúdios e cidades cenográficas. Hoje, a área para a produção de teledramaturgia da Record é seis vezes maior do que quando foi criada, em 2005.
• MÚSICA
Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem |
Celebridade Protógenes: um delegado nos braços do PSOL |
Alguns detalhes novos
Para um artista supersticioso ao grau máximo e avesso a qualquer novidade, Roberto Carlos até que deu um passo adiante: no CD e DVD que lança em dezembro, ele dividirá a capa de um disco pela primeira vez numa carreira prestes a completar cinqüenta anos. A Música de Tom Jobim tem como base os shows que ele e Caetano Veloso fizeram neste ano cantando bossa nova. Outra novidade: Roberto não canta uma só canção sua no disco. A tiragem inicial de 300.000 cópias sai por um acordo também inédito entre as gravadoras Sony (de Roberto) e Universal (de Caetano). À Sony coube o direito de distribuir o CD e o DVD aqui e no exterior.
Com Paulo Celso Pereira