O Estado de S.Paulo - 27/12
Quem
trabalha em escritório e leva, em média, uma hora para ir e outra para
voltar do trabalho terá gasto cerca de 400 horas no trânsito ao término
de um ano, o equivalente a 16 dias inteiros, já descontados feriados e
férias.
A enorme queima de tempo e de energia física e mental é o
principal argumento que vêm convencendo empresas e profissionais do
setor de serviços a incentivar de funcionários e a colaboradores a
executar boa parte das tarefas em casa.
É a solução do home
office (escritório em casa), adotado em 23% das empresas no Brasil,
aponta a Hays, consultoria especializada em recrutamento. A Sociedade
Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (Sobratt) estima que 12
milhões de pessoas já trabalham nessas condições.
O sistema
proporciona óbvias reduções de custos operacionais para as empresas.
Podem diminuir a área de escritórios, cortar despesas com manutenção,
energia, telefone e limpeza. E, no caso da manutenção de restaurante no
local, boa redução de custos com alimentação. Afora essas economias,
Alvaro Mello, presidente da Sobratt, projeta aumento de 15% a 30% no
índice de produtividade dos empregados que trabalham de casa.
A
Ticket, líder no setor de vales-refeição, calcula uma economia de R$ 3,5
milhões com a adoção do modelo há cinco anos, apenas com seus 104
funcionários da área comercial.
Apesar dessas vantagens, o
professor Rodrigo Ferreira, do Departamento de Administração da
Universidade de Brasília (UnB), ressalta que nem todas as funções e
funcionários têm perfil para o expediente a distância: Entre os que tem,
aponta os encarregados de análise e os envolvidos em projetos.
Mello,
da Sobratt, acrescenta que a adesão ao home office tem sido mais comum
em departamentos de vendas, marketing, tecnologia da informação e
recursos humanos.
Mas não dá para ver apenas o lado bom. Ferreira
adverte que o emprego remoto também pode apresentar suas
inconveniências, na medida em que o ambiente caseiro nem sempre ajuda o
profissionalismo. Além disso, pode não contar com móveis e iluminação
adequados para o trabalho a ser desenvolvido. É preciso ter em conta
ainda que, ao trabalhar de casa, as despesas do funcionário com
alimentação, energia elétrica e telefonia também podem aumentar - embora
as empresas, em geral, se disponham a assumi-las pelo menos em parte.
É
preciso também preparar as famílias para a nova rotina. "Além de
ensinar o profissional a gerir seu tempo e a se comunicar por meio de
recursos virtuais, é importante que os familiares entendam que aquele
funcionário não está em casa de folga", diz Luiz Fernando Barbosa,
consultor da Deloitte. Para ele, este é um modelo irreversível de
trabalho: "Não importa onde a tarefa seja executada. Basta estar
conectado à estrutura da empresa".
Essa conexão requer
investimentos não apenas em ferramentas de comunicação virtual, mas
também em práticas que mantenham o vínculo entre funcionário e empresa.
"Se alguém nunca mais aparece no escritório, sai prejudicado o
engajamento com os propósitos da companhia", adverte Ricardo Catto,
consultor da EY.
A pesquisa da Hays também identificou diferenças
de tratamento entre funcionários presentes na empresas e os que operam
de casa: "Como nunca está presente nas decisões que apenas são tomadas
na hora do cafezinho, o profissional corre o risco de não ser lembrado
pelos colegas de trabalho e de perder oportunidades de promoção", diz
Juliano Ballarotti, diretor da consultoria.
Mesmo com todas as
ressalvas, o home office foi uma das soluções adotadas em Londres e
Vancouver para reduzir problemas de mobilidade urbana durante os Jogos
Olímpicos de 2012 e os Jogos Olímpicos de Inverno de 2010,
respectivamente. A realização no Brasil da Copa do Mundo em 2014 e da
Olimpíadas em 2016 pode ser uma boa oportunidade para que esta solução
seja adotada também por aqui.
Entrevista:O Estado inteligente
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