Entrevista:O Estado inteligente

domingo, agosto 02, 2009

RADAR

DA VEJA


Lauro Jardim
ljardim@abril.com.br

 

Um contrato de opção para 2010

Germando Luders
Candidato? Meirelles: assim como Serra, diz que só decidirá se é candidato em março

Faltam dois meses para Henrique Meirelles, enfim, dizer a que partido se filiará para disputar a eleição de 2010. Ele deve filiar-se ao PP e pode concorrer ao governo de Goiás. Mas o mistério não será desfeito logo. Aos mais próximos, Meirelles tem se servido de uma expressão do mercado financeiro para explicar que vê a filiação a um partido como um "contrato de opção, que pode ou não ser exercido". Decisão mesmo sobre candidatura, só em março. Até lá, fará como José Serra: empurrará com a barriga o assunto.

 

• Governo

Lula irritado com a Vale

Rafael Andrade
Missão difícil
Agnelli: tem de enfrentar a crise e agradar a Lula


Na quinta-feira, Lula pediu a Guido Mantega e ao presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que encontrem uma maneira jurídica de mudar o acordo de acionistas da Vale. Quer que o governo, através do BNDESPar e da Previ, que integram o bloco de controle da empresa, assumam de fato as rédeas da Vale, comandada por Roger Agnelli, ex-Bradesco, também um dos controladores. Nos últimos meses, Lula já vinha demonstrando publicamente sua insatisfação com a companhia. Mais de uma vez, puxou as orelhas de Roger Agnelli, reclamando de demissões na empresa e do que considerou um freio exagerado nos planos de investimentos. Se, de fato, a determinação de Lula andar, está destinada a ser uma fonte de polêmica incessante. Afinal, a companhia foi privatizada em 1997.

 

• Eleições 2010

Ciro Quadros
De um petista muito próximo de Lula sobre a viabilidade da candidatura de Ciro Gomes ao governo de São Paulo: "O Ciro tem um quê de Jânio Quadros que atrai os paulistas. Mas um Jânio no bom sentido". Falta explicar o que se quer dizer com "Jânio no bom sentido".

 

 Senado

O advogado do Sarney
Antonio Carlos Almeida Castro, o Kakay, será o advogado de defesa de José Sarney no Conselho de Ética.

 

• Brasil

Abaixo o socialismo
Depois de passar uns dias com o Mickey na Disney World, José Dirceu seguiu para uma temporada de sol na casa de um amigo brasileiro em Saint Barth, no Caribe. A ilha é conhecida por ser um paraíso de milionários.

Pelo telefone
De lá, manteve vários contatos telefônicos com José Sarney e Roseana, tentando montar uma estratégia para salvar a pele do presidente do Senado.

 

• Petróleo

Queima de 2 bilhões de reais
O total de gás natural produzido e não utilizado pela Petrobras em junho foi de 9,2 milhões de metros cúbicos por dia. Parece muito, e é. Para que o leitor possa mensurar, seguem três informações relevantes. Primeiro, é quase o dobro de um ano atrás. Em segundo lugar, em dinheiro essa diferença significa um desperdício de cerca de 5 milhões de reais por dia - ou 2 bilhões de reais por ano. Finalmente, na Noruega, esse desperdício de gás é zero. E a Petrobras ainda paga royalties pelo gás que queima. Prejuízo para o acionista e para a União.

Não tem desculpa
Essa perda é mais inconcebível ainda quando se sabe que a Petrobras é a segunda empresa de energia que mais investe em pesquisa e desenvolvimento tecnológico no mundo. Em 2008, foram 900 milhões de dólares. Perde somente para a Shell.

 

• Economia

Mudanças na Michelin
Será anunciado nos próximos dias o novo presidente da Michelin no Brasil e na América do Sul. É o executivo Jean Phillipe Ollier. Ele substituirá Luiz Roberto Anastácio, que morreu na queda do voo 447, menos de um mês depois de assumir o cargo.

 

 Copa 2010

Guaraná versus Coca-Cola
O guaraná Antarctica patrocina a seleção, mas não contará com as transmissões da Globo na Copa de 2010 para se aproximar do torcedor brasileiro - a exemplo do que fizera em 2006. A Coca-Cola, uma das empresas patrocinadoras da Fifa, exerceu seu direito de preferência e comprou na semana passada uma das cotas da Globo para a Copa da África do Sul.  

 

• Cinema

Sumiu o dinheiro

Paulo Giandalia/Folha Imagem
Bolso vazio
Padilha: tema de digestão difícil para alguns


José Padilha,
 diretor de Tropa de Elite, tem um roteiro pronto para dirigir um filme sobre corrupção na política, baseado no mensalão. Só que ele está às voltas com um pequeno problema: não consegue captar um centavo. Ainda não encontrou uma empresa que queira meter o dedo nessa cumbuca.

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