Por Rui Nogueira, no Estadão
Há quase um ano no cargo, o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, tem se notabilizado pela habilidade de criar fatos políticos e requentar pesquisas econômicas como forma de atrair holofotes e divulgar teses políticas.
Ontem, por exemplo, ele convocou uma entrevista para divulgar que "três milhões de pessoas terão saído da pobreza entre 2002 e 2008". A única novidade na pesquisa é apresentar estimativas provisórias para o comportamento da pobreza e da desigualdade neste ano, que nem sequer acabou. Na essência, não acrescenta nenhuma informação qualitativa e nova.
Há pouco mais de um mês, o próprio Pochmann já havia convocado entrevista para anunciar "a queda na desigualdade de renda", com base em números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso não significa que essas estatísticas não devam ser atualizadas, mas há uma diferença enorme entre produzir os números e divulgá-los com pompa.
Mensalmente, os técnicos do Ipea produzem dezenas de estudos, mas nem todos ganham destaque. Pochmann, porém, tem aproveitado sua condição para convocar coletivas em torno dos textos mais afinados com a atual direção do Ipea.
No fim de maio, por exemplo, ele divulgou estudo mostrando que "pobres pagam mais imposto que ricos" (o que já é repetido em estudos do economista Fernando Gaiger Silveira, do Ipea, desde 1997) e convocou uma coletiva em que defendeu mais faixas de tributação do Imposto de Renda das Pessoas Físicas, medida que, segundo ele, atingiria os brasileiros "mais ricos".
Há quase um ano no cargo, o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, tem se notabilizado pela habilidade de criar fatos políticos e requentar pesquisas econômicas como forma de atrair holofotes e divulgar teses políticas.
Ontem, por exemplo, ele convocou uma entrevista para divulgar que "três milhões de pessoas terão saído da pobreza entre 2002 e 2008". A única novidade na pesquisa é apresentar estimativas provisórias para o comportamento da pobreza e da desigualdade neste ano, que nem sequer acabou. Na essência, não acrescenta nenhuma informação qualitativa e nova.
Há pouco mais de um mês, o próprio Pochmann já havia convocado entrevista para anunciar "a queda na desigualdade de renda", com base em números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso não significa que essas estatísticas não devam ser atualizadas, mas há uma diferença enorme entre produzir os números e divulgá-los com pompa.
Mensalmente, os técnicos do Ipea produzem dezenas de estudos, mas nem todos ganham destaque. Pochmann, porém, tem aproveitado sua condição para convocar coletivas em torno dos textos mais afinados com a atual direção do Ipea.
No fim de maio, por exemplo, ele divulgou estudo mostrando que "pobres pagam mais imposto que ricos" (o que já é repetido em estudos do economista Fernando Gaiger Silveira, do Ipea, desde 1997) e convocou uma coletiva em que defendeu mais faixas de tributação do Imposto de Renda das Pessoas Físicas, medida que, segundo ele, atingiria os brasileiros "mais ricos".