Diferentes tipos de indústria – como a automobilística e
a de eletrônicos – começam a usar mais nanotecnologia
Fotos Wieck Media e Divulgação |
Carro
Quando incluiu nanotecnologia: no fim dos anos 90
Primeiros usos: revestir o sistema de combustível. Como as nanopartículas de carbono têm propriedades condutoras, o sistema fica a salvo da eletricidade estática produzida no motor – que passa a esquentar menos
Como é hoje: 5% da tinta dos carros leva nanopartículas de cerâmica, o que os deixa mais resistentes a riscos. As de argila, por sua vez, resultaram em bagageiros 30% mais leves. Isso ajuda na economia de combustível
MP3 Quando incluiu nanotecnologia:em 2000 |
Celular Quando incluiu nanotecnologia:em 1997 Primeiros usos: reduziu o tamanho dos bytes de modo a caber mais deles no aparelho – e, com isso, mais memória. Propiciou o aparecimento de funções simples, como agenda eletrônica e despertador Como é hoje: o circuito em escala nano expandiu a memória dos celulares – dos 256 megabytes, de 1997, para os atuais 8 gigabytes – e ainda aumentou sua velocidade de processamento. Foi o que permitiu aos aparelhos vir com câmera e dar acesso à internet |
Mundo invisível
Comparações que ajudam a dimensionar a escala nanométrica
• Uma nanopartícula é 80 000 vezes mais fina que um fio de cabelo
• Cabem 30 trilhões delas numa colher de sopa
• Um nanômetro está para o metro assim como um único grão de areia está para todo o litoral brasileiro
Falta sair do laboratório
A indústria pesquisa novas aplicações para a nanotecnologia
Fabiano Accorsi |
A pesquisadora Daniela Zanchet: laboratório de nanotecnologia em Campinas |
Embalagens plásticas
O que está em teste: um sistema segundo o qual as nanopartículas presentes na embalagem detectam o gás expelido pela comida quando ela passa do prazo de validade. Ao absorver esse gás, o pacote muda de cor – indicador de que o alimento está estragado
Lentes de contato
O que está em teste: além da função original, passam a ter outra – essa, preventiva: as lentes estão sendo programadas para mapear as regiões em que a córnea mais pressiona o globo ocular. Nessas áreas serão emitidos choques imperceptíveis para reduzir tal pressão. É justamente o que causa o glaucoma, a segunda doença mais associada à cegueira
Filtros de água
O que está em teste: serão os primeiros modelos capazes de filtrar a água do mar e ainda preservar sessenta de seus minerais – ao passo que os filtros comuns mantêm apenas dez deles
Especialistas consultados: Daniel Gonzaga (engenheiro de alimentos), Fábio Ribeiro (engenheiro de sistemas), Henrique Eisi Toma (químico da USP), Israel Feferman (farmacêutico e bioquímico), João Zuffo (físico da USP), Marcelo Knobel (físico da Unicamp), Maria José Orioni (engenheira têxtil), Muriel Campanhã (especialista em produção têxtil), Ricardo Max Jacob (especialista em plásticos) e Ronaldo Marchesi (coordenador da Nanotec)