Entrevista:O Estado inteligente

sábado, agosto 23, 2008

O avanço das pesquisas contra o tumor cerebral

A química da esperança

O Avastin, uma terapia-alvo, e uma nova vacina
lideram a promissora frente de pesquisas contra 
um dos tipos mais comuns e letais de tumor cerebral


Adriana Dias Lopes

Em verde, a imagem de um tumor no cérebro
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Há três meses, o senador americano Ted Kennedy, de 76 anos, foi internado às pressas depois de sofrer episódios seguidos de convulsão. O diagnóstico: glioma maligno, o tipo mais comum e letal de câncer cerebral. Imediatamente, ele foi submetido a uma cirurgia para extração do tumor, seguida de radioterapia e quimioterapia. É só o que há a ser feito num caso como esse. Pouco se avançou em novos tratamentos do câncer cerebral nos últimos dez anos. O diagnóstico do patriarca dos Kennedy, no entanto, se deu em um momento raro da oncologia, em que esse quadro começa a mudar. Está-se partindo do zero para a aposta em pelo menos duas frentes bastante promissoras de controle do câncer no cérebro. Na primeira delas, está o remédio Avastin, uma terapia-alvo que impede a proliferação das células tumorais sem afetar as células saudáveis. Já utilizada para tratar outros tipos de tumor, ela tem se revelado eficaz ao interromper o suprimento de nutrientes ao glioma, matando-o de fome. Na outra linha de estudos está uma vacina experimental que estimula o sistema imunológico do doente a combater o tumor. Os resultados preliminares com a vacina mostram que praticamente dobrou a taxa de sobrevida dos pacientes. Não por acaso, a equipe médica da Universidade Duke, escolhida pelo senador para assisti-lo, esteve envolvida em ambos os estudos. Muito provavelmente, Ted Kennedy está agora se tratando com o Avastin.


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