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TELEVISÃO
GENERATION KILL (Estados Unidos, 2008. Estréia nesta segunda-feira, às 21h, na HBO) • Em 2003, enquanto se espera o sinal verde do governo dos Estados Unidos para a invasão do Iraque, o tédio num batalhão de marines é quebrado por duas bombas. Uma delas é o boato que dá conta da morte da cantora Jennifer Lopez. A outra é a chegada inesperada (e surreal) de um comboio da Pizza Hut à base, no meio do deserto. As situações ilustram do que trata Generation Kill. Baseada no relato de Evan Wright, repórter da revista Rolling Stone que cobriu a invasão "incrustado" nas Forças americanas, a minissérie capta o conflito pelo prisma da soldadesca – jovens que ouvem hip hop, jogam videogame e estão ali para matar "bad guys". À medida que avançam pelas cidades iraquianas, tem-se uma visão realista do mergulho dessa geração no caos da guerra. Roteirizada por David Simon e Ed Burns, Generation Kill tem a ironia e a crueza que fazem do cartão de visita da dupla, The Wire, uma série excepcional.
• Nos anos 30, os judeus alemães Margret e H.A. Rey refugiaram-se no Rio de Janeiro para escapar à perseguição nazista. Eles se conheceram e se apaixonaram na cidade – e, também por aqui, criaram o personagem que lhes deu fama. Os primeiros esboços do macaco George, o Curioso, foram inspirados nos dois sagüis que o casal possuía em sua residência carioca. Depois de voltarem à Europa (e quase caírem nas mãos das tropas de Adolf Hitler em Paris, de onde fugiram de bicicleta), George finalmente ganhou o mundo. Desde os anos 40, seus livros venderam 30 milhões de cópias e foram traduzidos em catorze línguas. Em 2006, ele deu mote a um longa-metragem de sucesso – e ainda ao desenho de teor educativo que agora chega à TV brasileira. Nas aventuras de George, as crianças (em especial, as de 4 a 6 anos) se divertem enquanto aprendem noções de matemática e ciências.
DVD MARTHA ARGERICH: CONVERSA NOTURNA (França/Alemanha/Suíça, 2003. Biscoito Fino) • A argentina Martha Argerich é uma pianista exemplar – e um ser humano excêntrico. Desmarca recitais e foge de entrevistas com o mesmo desembaraço com que se entrega às obras de Chopin, Liszt e Schumann. Portanto, não é de admirar que o suíço Georges Gachot tenha demorado quase vinte anos para concluir este documentário. Mas a espera valeu a pena. Trata-se de um retrato revelador. Num certo momento, Martha conta que tem uma relação pessoal com os compositores – evita tocar Liszt e Chopin na mesma récita porque este último, morto em 1849, ficaria "enciumado". Os extras incluem belos concertos da artista. O único deslize fica por conta dos erros de grafia das legendas.
LIVRO ÁRVORE DE FUMAÇA, de Denis Johnson (tradução de Luiz Araújo; Companhia das Letras; 656 páginas; 69 reais) • Vencedor do National Book Award, um dos principais prêmios literários dos Estados Unidos, este romance é uma espécie de reedição atualizada de Apocalypse Now. A história também se passa principalmente no Vietnã dos anos 60 (com ecos da atual Guerra do Iraque). Skip Sands é um jovem agente dos serviços de inteligência que atua no Vietnã – e, aos poucos, aprende a desconfiar de tudo e de todos. Ao lado da história de Skip – e de seu tio e mentor, o coronel Francis Sand –, o romance enreda várias trajetórias de soldados que se perdem no Vietnã, num painel da tragédia da guerra.
DISCO
ONE KIND FAVOR, B.B. King (Universal) • Fazia pelo menos dez anos que o americano B.B. King devia um disco como One Kind Favor. Os últimos CDs do bluesman tinham repertório fraco e sonoridade artificial – até Lucille, sua guitarra famosa, soava como um instrumento qualquer. O novo álbum foi produzido por T Bone Burnett, que trabalhou com Robert Plant e Cassandra Wilson, e a banda que o acompanha também é de primeira. King acertou ainda no repertório, que traz três canções de Lonnie Johnson, um de seus maiores ídolos (a melhor delas é Backwater Blues), além de See that My Grave Is Kept Clean, um lindo blues de Blind Lemon Jefferson.
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