Entrevista:O Estado inteligente

sábado, setembro 06, 2008

Gente

Editado por Lizia Bydlowski 
Colaboraram Bel Moherdaui e Juliana Linhares

Michel Rey

Se cuida, Madonna

"Foi como se eu tivesse sido atingida por um raio, que reorganizou meus neurônios. Meu tédio e minha desilusão com a cultura popular desapareceram", escreveu Camille Paglia, a autora americana que abandonou a paixão intelectual que nutria por Madonna. O raio é a cantora DANIELA MERCURY, que ela conheceu através de cinco DVDs adquiridos quando esteve em Salvador, em maio. "Celebrei cada palavra dela como um Carnaval da Bahia. Fiquei em êxtase", derrete-se Daniela. As duas ainda não se conhecem, mas se correspondem "parte em inglês, parte em português". Para melhor entender as músicas, Camille está desvendando os mistérios da língua. Logo, logo deve falar minha rainha com delicioso sotaque baiano.

 

Papai, mamãe e filhinho a tiracolo

Com o porta-bebê amarrado ao novamente esguio corpo, a modelo mineira CAMILA ALVES tem carregado o pequeno LEVI, de 2 meses, para todos os lados: praia quase todo dia, show de rock (dois até agora), corrida de rua e até jogo de futebol americano. De passagem por Austin para a estréia do novo filme do papai MATTHEW MCCONAUGHEY, a família inteira se paramentou de laranja para torcer pelo time da Universidade do Texas, onde o ator estudou. "Queremos que ele se acostume a ver e ouvir pessoas ao seu redor", diz McConaughey, que faz o estilo desencanado e, apesar de muito rico, não quer contratar babá.

 

Terra do tapete vermelho

Fotos Damien Meyer/AFP

Apresentado no Festival de Veneza, o filme A Terra dos Homens Vermelhos é uma ficção com jeito de documentário: nos papéis principais estão guaranis de diferentes aldeias de Mato Grosso do Sul. Transportadas para o tapete vermelho, ELIANE DA SILVA (na foto, de tomara-que-caia) e ALICÉLIA CABREIRA posaram com o diretor, o chileno MARCO BECHIS, em exuberantes vestidos da estilista Adriana Barra. "A roupa era levinha e eu me senti à vontade", conta Eliane, que só se assustou com os atos de guerra da tribo dos portadores de câmeras: "Parecia que todos os fotógrafos do mundo estavam ali". O cacique AMBRÓSIO VILHALVA, com o inseparável chimarrão, ficou mais impressionado ao se ver na tela: "No meu olho, eu sou pequeno. Lá, eu era enorme".

 

Problema: quilos a menos

AFP

Quem vê não imagina, mas neste momento a espetacular morena ao lado está na Europa, não de férias, nem posando, mas batalhando por patrocínio para seguir no atletismo. LERYN FRANCO, 26 anos, a arremessadora de dardos paraguaia que arrasou na Olimpíada de Pequim (acabou em 51º lugar, mas e daí?), considera-se uma atleta que de vez em quando está modelo. "Nas sessões de fotos, relaxo do stress das competições", explica. Seu maior problema é o peso, ou melhor, a falta dele. "Todas as minhas adversárias são maiores que eu. Como muito, mas não consigo engordar", queixa-se a pobrezinha, que compensa fortalecendo os braços: "Peso 57 quilos e levanto mais de 60".

 

Jae C. Hong/AP

Campanha no guarda-roupa

Numa campanha eleitoral em que há excesso de estereótipos, os mais comuns provavelmente têm como alvo CINDY, a mulher de John McCain. Loira demais, magra demais e rica demais, a coisa menos ofensiva de que é chamada pelos adversários é Barbie republicana. Aos 54 anos, quatro filhos, um derrame, ela protagoniza também a inevitável guerra do guarda-roupa, um campo em que é difícil enfrentar a alta e elegante Michelle Obama. O último tiroteio partiu da obamista Vanity Fair, que calculou, com algo de exagero partidário, o preço do figurino com que Cindy subiu ao palco da convenção republicana na terça-feira passada: mais de 300 000 dólares, sendo 280 000 só os brincos de brilhantes (além de 3 000 o vestido Oscar de La Renta, 4 500 o relógio Chanel, 20 000 o colar de pérolas). Mas tudo comprado com o dinheiro dela.

 

Arquivo do blog