Entrevista:O Estado inteligente

sábado, setembro 20, 2008

O tucano que voa alto

    

Beto Richa está praticamente reeleito em Curitiba


Igor Paulin

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Se as urnas confirmarem os resultados das pesquisas eleitorais, o prefeito de Curitiba, Beto Richa, terá uma das maiores votações proporcionais do país. Todas as aferições indicam que o novo mandato do tucano será endossado por, pelo menos, 70% dos eleitores curitibanos. Juntos, seus adversários poderão ter menos de 20% (veja o quadro). Esse resultado o deixará a um passo de conquistar o governo do Paraná em 2010. "É o favorito para a sucessão estadual", diz o deputado Gustavo Fruet, também tucano. Richa suou para atingir os níveis atuais de popularidade. Chegou ao poder em 2005, depois de uma campanha dura, na qual derrotou o PT no segundo turno. Uma vez eleito, aumentou sua taxa de aprovação submetendo seu programa de obras nos bairros à população local, um expediente inspirado nos orçamentos participativos do PT. A estratégia deu resultado, mas a aprovação de Richa só disparou em 2007, quando ele rompeu com o governador Roberto Requião, um ralo que escoa a popularidade de qualquer político no Paraná.

Longe de Requião, Richa erigiu sua reputação de bom gestor. Uma pesquisa feita pelo Datafolha neste mês mostra que ele é o mais bem avaliado entre oito prefeitos de capitais. Ganhou nota 8, à frente de líderes de aprovação, como o petista Fernando Pimentel, de Belo Horizonte. É tão bem avaliado que sua principal adversária, a petista Gleisi Hoffmann, agora só pede aos curitibanos que adiem sua decisão para o segundo turno. Antes disso, Gleisi, que está a 57 pontos do prefeito, tentou atacar a atual administração. Criticou o transporte, a saúde e a educação. Além de não atingir Richa, feriu o que o eleitor curitibano mais preza: a boa imagem de sua capital. A reeleição fácil de Richa fez com que os cardeais tucanos corressem a Curitiba para tirar uma casquinha de sua popularidade. Os governadores José Serra, de São Paulo, e Aécio Neves, de Minas Gerais, já foram. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, idem. A cúpula do DEM também compareceu.


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