BLOG /miriam keitão
BCs unidos não são garantia de sucesso
A principal novidade agora pela manhã é a ação coordenada dos principais bancos centrais do mundo que vão injetar quase US$ 250 bilhões no mercado. Isso para ampliar a liquidez em operações de curto prazo, para fazer com que o dinheiro circule e não aconteça um colapso no crédito.
Os bancos estão reduzindo os empréstimos para os próprios bancos. Todo mundo foge para ativos como ouro e títulos do Tesouro americano, que ontem chegou a ser vendido pela rentabilidade mais baixa desde 1941, quando houve bombardeio em Londres. O nome disso é pânico.
Essa oferta gigante pode acalmar, mas pode também gerar outro fenômeno: o empoçamento de liquidez. Ou seja, quando ninguém confia em ninguém, os bancos não emprestam entre si e não emprestam para clientes. Neste caso, já aconteceu no passado, o caminhão de dinheiro dos bancos centrais não resolve o problema.