Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), deputado-presidiário, fazendo pouco da própria sentença
MÃE DE MINISTRO REQUER NACIONALIDADE PORTUGUESA
A mãe do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) requereu cidadania portuguesa. A decisão de d. Zilda Tavera Cardozo se deve a “razões pessoais” e, segundo jura a assessoria do filho, ela não tem a intenção de mudar de país, como têm feito muitos brasileiros assustados com a criminalidade. Nem tem a ver com a perda de confiança em autoridades, como seu filho, de garantir vida segura aos brasileiros.
INCLUA-ME FORA
Ressaltam assessores do ministro-chefe da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança: só a mãe dele pediu cidadania portuguesa.
ABRINDO CAMINHO
Segundo legislação portuguesa, filho de mãe com nacionalidade portuguesa ganha idêntico direito. E o valioso passaporte europeu.
LÍQUIDO E CERTO
Também é lei em Portugal: até bisneto de português pode ganhar nacionalidade se avós, pai ou mãe, como d. Zilda, a solicitarem antes.
EURO-PETISMO
A família de Antonio Palocci e a mulher e os filhos de Lula já têm cidadania italiana. O que pretendem fazer com ela é um mistério.
GOVERNO TENTA BLINDAR GABRIELLI
O governo Dilma montou uma “tropa de choque” na comissão externa da Câmara que investigará a Petrobras, para tentar blindar seu ex-presidente Sérgio Gabrielli, em cuja gestão a estatal fez a compra superfaturada da refinaria de Pasadena. O PT indicará Luiz Alberto (PT-BA) para a comissão, além dos aliados Mário Negromonte (PP), Paulo Magalhães (PSD) e Lúcio Vieira Lima (PMDB), todos baianos.
DE CONFIANÇA
Da base aliada, também foram indicados para a comissão os deputados Anthony Garotinho (PR-RJ) e Maurício Quintella (PR-AL).
TROPA DE ELITE
A oposição escolheu para investigar a Petrobras Fernando Francischini (SDD-PR), Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
PROPINA
Criada com apoio de “blocão” da base, a comissão irá à Holanda apurar esquema de propina da SBM Offshore a membros da Petrobras.
TÁ FEIA A COISA
A denúncia de compra superfaturada da refinaria americana levou Dilma a exercitar, 24h/dia, seu jeito búlgaro de ser. Ela trata os próprios assessores como adoraria tratar seus adversários.
NOITES MAL DORMIDAS
Dilma parece temer os desdobramentos do escândalo da refinara superfaturada. Foi ela quem mandou o ministro da Justiça rolar o lero para reclamar da ida de senadores de oposição – de resto corriqueira – à Procuradoria-Geral da República para pedir investigação do caso.
DIREITO DE RODAR
A Secretaria de Direitos Humanos pagou R$ 30,3 milhões por 733 carros zero km, todos da marca Chevrolet. Deve ser para visitar as cadeias desumanas, além de ajudar a montadora a tirar o pé da lama.
VOANDO BAIXO
O carro oficial do ministro da Fazenda voou baixo, ontem, a pelo menos 120 km/h no Lago Sul, em Brasília, às 7h da manhã. Se Guido Mantega estava a bordo, há só uma explicação para o desatino: ele voltava ou estava a caminho de mais uma bronca federal da presidente Dilma.
MAIS UM
Em almoço na casa de André Moura (PSC-SE), o “blocão” decidiu tentar convocar Guido Mantega, atual presidente do conselho da Petrobras, para explicar denúncias de corrupção na estatal.
LAVA AS MÃOS
Convidado a explicar a compra da refinaria, Edison Lobão (Minas e Energia) está tranquilo: a aquisição foi negociada na gestão da ilustre ex-ministra Dilma Rousseff.
TARTARUGA MANCA
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou ontem a Agenda Legislativa da Indústria 2014, com direito a almoço. Enviados dia 13, os convites chegaram dez dias depois. Nem deu tempo para a sobremesa.
PAPAGAIO DE PIRATA
Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde, foi na aba de Dilma Rousseff e deu as caras no evento do Minha Casa Minha Vida, em São José dos Campos. Não esclareceu sua relação com o programa.
ELE JÁ SABIA
Se Dilma tivesse apelado aos supostos espiões de Barack Obama na Petrobras, não teria sido “enganada” no contrato da refinaria nos EUA.
PODER SEM PUDOR
O PALHAÇO E A TRAPEZISTA
Jovem advogado, Aristóteles Atheniense acabara de se formar em Minas, no ano de 1959, quando defendeu os direitos trabalhistas do palhaço Chuca-Chuca, num circo armado em Belo Horizonte, e pediu a penhora de um elefante para garantir o pagamento da dívida e dos seus honorários.
Dias depois, uma trapezista, namorada do palhaço, pediu que ele ajuizasse ação idêntica, que resultou na penhora de outro elefante.
Ele acabou cuidando dos animais até trocá-los num Simca Chambord, carro dos ricos da época, cuja venda rendeu um bom dinheiro para o palhaço, a trapezista e o jovem advogado.