Entrevista:O Estado inteligente

sábado, setembro 05, 2009

VEJA Recomenda


DVD

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DVD
A série Prime Suspect: com Helen Mirren, obrigatória


PRIME SUSPECT
(Inglaterra, 1991; Paris Filmes)
• Jane Tennison é inspetora-chefe de uma delegacia inglesa. Todos os dias, ela tem de enfrentar dois inimigos. O primeiro é o machismo dos companheiros de profissão, que não admitem ser subordinados a uma mulher – e até se acham no direito de ocultar as provas de uma investigação. O segundo inimigo é a própria Jane. Carreirista, alcoólatra e com um talento incomparável para dormir com o homem errado, ela não sabe separar seus problemas pessoais do caso que investiga.Prime Suspect é uma série que nasceu clássica por exibir, sem maquiagem, os bastidores de uma delegacia. Mas o fato de Helen Mirren interpretar Jane Tennison torna obrigatório assistir a Prime Suspect. Ela é uma daquelas atrizes raras que são capazes de, com um olhar, mostrar a alma do personagem. Esta caixa traz as duas primeiras temporadas do seriado.

LIVROS

HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS, de Isaac Bashevis Singer (tradução de Wladir Dupont; Topbooks; 339 páginas; 44,90 reais)

• No texto final deste livro, que não é um conto, mas um manifesto, o ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1978 explica por que gostava de escrever para crianças: "Elas ainda preferem clareza, lógica e até mesmo uma coisa tão obsoleta como a pontuação. Mais ainda, o jovem leitor exige uma história real, com começo, meio e fim, a forma como os contos são narrados há milhares de anos". E é exatamente isso que Singer oferece: ficções de uma perfeição lapidar, cheias de graça, emoção e sabedoria. São ao todo 38 narrativas curtas nesta excelente edição, que traz também um glossário de termos do judaísmo e do iídiche – língua na qual Singer (1904-1991) escreveu toda a sua obra, muito embora tenha vivido a maior parte de seus anos nos Estados Unidos.

PRELÚDIO PARA A MORTE, de Val McDermid (tradução de Marcia Heloisa Amarante Gonçalves; Bertrand Brasil; 434 páginas; 45 reais)

• Na trilha do best-seller O Código Da Vinci, de Dan Brown, entrou na moda o que se poderia chamar de "thriller acadêmico". A fórmula consiste em combinar a obra de um mestre da literatura ou das artes (como Da Vinci) com um crime enigmático nos dias atuais. Prelúdio para a Morte, da escocesa Val McDermid, competente autora de policiais, destaca-se como um dos poucos livros do gênero cujo enredo (ainda que altamente improvável) é bem construído. A história começa com a descoberta de um cadáver, na Inglaterra, cujas tatuagens parecem guardar relação com o motim do navio inglês Bounty, no século XVIII – episódio que teria inspirado um épico perdido do poeta romântico William Wordsworth. Jane Gresham, a heroína da história, é uma especialista em Wordsworth que, em busca do poema misterioso, se defronta com uma série de crimes.


O SAL DA TERRA, de Richard Ford (tradução de Maria Beatriz de Medina; Record; 602 páginas; 69,90 reais)

Vittorio Zunino Celotto/Getty Images

LIVRO
Richard Ford: o grande retratista da classe média

• Em O Cronista Esportivo, de 1986, e Independência, romance vencedor do Prêmio Pulitzer de 1996, o americano Richard Ford maravilhou a crítica e os leitores com um personagem que nada tinha de extraordinário: Frank Bascombe, um corretor de imóveis de 38 anos que apreciava sua existência comum com doses equilibradas de conformismo e autoironia. Em O Sal da Terra, o mesmo personagem aparece em 2000, aos 55 anos, convencido de que sua vida afinal chegara a um platô de otimismo que ele mesmo batizara de Período Permanente. Mas, em um feriado de Ação de Graças – data de tradicionais celebrações familiares nos Estados Unidos –, ele descobre-se imerso em crises: sua segunda esposa vai deixá-lo, os filhos estão cheios de problemas e ele tem câncer de próstata. Ao lado do Coelho de John Updike, Bascombe é um dos melhores retratos literários já feitos da classe média americana. Trecho do livro.

DISCOS

NAZARETH, Rosana Lanzelotte, Caito Marcondes e Luis Leite (Biscoito Fino)

• O compositor carioca Ernesto Nazareth (1863-1934) tinha formação erudita. Mas entrou para a posteridade como autor de "tangos brasileiros" – um rótulo que ele mesmo inventou –, lundus, choros e maxixes, que ouvia nas ruas do Rio de Janeiro e vertia para o piano. Nazareth criou 218 obras, que foram recuperadas graças a um projeto da cravista carioca Rosana Lanzelotte.Nazareth, o disco, traz dezesseis trabalhos do compositor, interpretados por Rosana, pelo violonista Luis Leite e pelo percussionista Caito Marcondes. Há peças conhecidas, como Batuque eFon Fon, além de obras inéditas. É o caso de Cuyubinha e Furinga. Ainda neste mês, Rosana vai disponibilizar as faixas do CD para audição e todas as partituras de Nazareth no sitewww.ernestonazareth.com.br.

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DISCO
Rosana Lanzelotte: clássicos e inéditas de Ernesto Nazareth




MUSIC FOR MEN
, Gossip (Sony/BMG)

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DISCO
O Gossip, com Beth Ditto à frente:
"Se tem algum risco, eu topo"


• Quando Rick Rubin, produtor de bandas como Red Hot Chili Peppers e Metallica, assumiu a direção do selo Columbia, um de seus primeiros atos foi contratar o trio de pós-punk Gossip. Não poderia ter feito escolha mais acertada. O trio é liderado por Beth Ditto, uma cantora lésbica, desbocada e muitos quilos acima do peso. Tem uma sonoridade particular, que vai do punk rock – e aqui o guitarrista Brace Paine se revela um excelente criador de fraseados pegajosos – à disco e à música pop. Music for Men tem produção de Rubin, que eliminou uma ou outra impureza do Gossip (tirou o excesso de distorção, por exemplo), mas deixou a personalidade do grupo intacta.Heavy Cross, o primeiro single do novo CD, tem o peso dos antigos trabalhos do Gossip. E Beth até reafirma o gosto pela provocação na letra de 8th Wonder – na qual canta "Se tem algum risco / Eu topo...".

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