Entrevista:O Estado inteligente

sábado, fevereiro 28, 2009

VEJA Recomenda



CINEMA

Divulgação
Vitus: o drama do menino-prodígio que um dia acorda normal

VITUS (Suíça, 2006. Estreia nesta sexta-feira no país)

• Aos 6 anos, Vitus já é um prodígio – da música, da matemática e de qualquer outra coisa que se disponha a aprender. E é também, claro, refém das expectativas que seus pais nutrem a seu respeito. Um dia, aos 12 anos, ele sofre um acidente e perde a consciência – e, quando a recobra, é um menino como qualquer outro, o que vai requerer profundos ajustes familiares. Uma rara produção suíça a chegar ao circuito nacional, o filme dirigido pelo veterano Fredi M. Murer é uma história deliciosa sobre uma contingência que não é particular aos prodígios: a necessidade de decidir ser aquilo que se é e impor os próprios termos. Além dos ótimos atores que fazem Vitus em idades diferentes, destaque também para a participação luminosa de Bruno Ganz como o avô do garoto.

LIVROS

A QUEDA DE TRÓIA, de Peter Ackroyd (tradução de Carlos Araújo; Record; 240 páginas; 36 reais)

• Pouco conhecido no Brasil, o inglês Peter Ackroyd, de 59 anos, é muito respeitado em seu país natal, sobretudo por suas biografias definitivas de poetas como William Blake e T.S. Eliot e por sua excelente história da cidade de Londres. Ackroyd também é um ótimo ficcionista, como atesta A Queda de Tróia. Com toques sobrenaturais, o romance narra a obsessão quase doentia de Obermann, um arqueólogo alemão do século XIX, por provar que a Troia descrita por Homero na Ilíada fora uma cidade real, e não uma fantasia poética. O protagonista é baseado na figura histórica do arqueólogo Heinrich Schliemann, descobridor de uma cidade antiga na Turquia – que ele afirmou ser Troia. Leia trecho.


A CHAVE ESTRELA, de Primo Levi (tradução de Maurício Santana Dias; Companhia das Letras; 200 páginas; 39,50 reais)

• Sobrevivente de Auschwitz, o mais terrível dos campos de concentração nazistas, o italiano Primo Levi deixou dois livros fundamentais sobre essa traumática experiência, É Isto um Homem? e A Trégua. Suicidou-se em 1987. Com base nesses traços biográficos, é difícil imaginar que ele tenha sido capaz de escrever uma só linha otimista. A Chave Estrela, porém, é um livro luminoso: seu tema central é o prazer do trabalho, seja ele braçal ou intelectual. O narrador do livro é um químico e escritor (como o próprio Levi). Ele ouve as histórias do operário Faussone, que já construiu torres, túneis e outras estruturas em lugares remotos da Índia ou do Alasca. Levi cria um fascinante paralelo entre as construções muito palpáveis de Faussone e a criação literária. Leia trecho.

DISCOS

mj kim/ap
Bono, do U2: o novo disco não é, como ele pensa, o melhor da banda – mas é bom de ouvir

NO LINE ON THE HORIZON, U2 (Universal)

• Nas entrevistas de divulgação de No Line on the Horizon, Bono afirmou que, se este não for o melhor álbum do U2, a carreira deles será irrelevante. O cantor está ao mesmo tempo certo e errado: o novo disco não traz canções tão boas quanto as de Joshua Tree (1987) e Achtung Baby (1991). Mas está longe de ser irrelevante. No Line foi produzido por Steve Lillywhite e pela dupla Brian Eno e Daniel Lanois, que trabalharam nos álbuns de maior sucesso comercial do U2. Tem a combinação exata de messianismo, baladas e rocks comandados pelo guitarrista The Edge. Get on Your Boots, o primeiro single, e a dançante Magnificent são os pontos altos do álbum. Outro grande momento é Cedars of Lebanon, que traz a melhor interpretação de Bono em anos.

Dani Gurgel/Divulgação
Verônica Ferriani: samba sem reverência – e com muita graça

VERÔNICA FERRIANI, Verônica Ferriani (Tratore)

• Cantoras que "resgatam" clássicos do samba existem às pencas. Poucas o fazem com o talento da paulista Verônica Ferriani. Natural de Ribeirão Preto, Verônica cantou na Lapa, tradicional reduto do samba carioca, fez temporadas ao lado do saxofonista pernambucano Spok (que mistura jazz e frevo) e participou do grupo Gafieira São Paulo. Em seu CD de estreia, ela evitou o vocal empostado e a interpretação reverente, defeitos das novas sambistas. Verônica canta com naturalidade e graça, como mostram Fez Bobagem, de Assis Valente, e Eu Amo Você, soul do compositor Cassiano. Também se deve dar crédito ao produtor do disco, Eduardo BID, que criou uma linguagem fresca e original para os sambas.

Cinemateca VEJA

Um robô vem do futuro para impedir o nascimento de um menino que vai salvar a humanidade do domínio das máquinas; e um guerrilheiro chega com a missão oposta: proteger a vida de Sarah Connor, potencial mãe desse messias. De saída, em seu primeiro projeto pessoal – O Exterminador do Futuro, que a Cinemateca VEJA lança nesta semana no país (exceto nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro) –, James Cameron se revelou como um dos grandes autores do moderno cinema americano: um diretor capaz tanto de criar um universo físico único e palpável, quanto de falar de questões prementes de seu tempo.

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, nesta semana: o duelo de Anthony Hopkins e Jodie Foster em O Silêncio dos Inocentes.

Como comprar a Cinemateca VEJA

Em bancas, livrarias e redes de supermercados, a 13,90 reais o exemplar avulso. Para assinar, ligue 3347-2180 (Grande São Paulo) ou 0800-775-3180 (outras localidades), de segunda a sexta-feira, das 8 às 22 horas. Pela internet, acesse www.assineabril.com


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