Entrevista:O Estado inteligente

sexta-feira, setembro 17, 2010

Do PT à queda

DEU EM O GLOBO

2001: Erenice Guerra passa a trabalhar na assessoria técnica do PT na Câmara dos Deputados.

Novembro de 2002: Integra a assessoria do governo de transição, quando começa a se aproximar de Dilma Rousseff.

Janeiro de 2003: É designada para a consultoria jurídica do Ministério de Minas e Energia, cuja titular é Dilma Rousseff.

27 de junho de 2005: É nomeada secretária-executiva da Casa Civil, quando Dilma substitui José Dirceu.

Março de 2008: É apontada como responsável pela elaboração do dossiê com os gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a ex-primeira-dama Ruth Cardoso no cartão corporativo.

31 de março de 2010: Assume o comando da Casa Civil, substituindo Dilma Rousseff

ÚLTIMOS DIAS NO GOVERNO

11 de setembro/2010 (sábado): A revista Veja publica denúncia de que Israel Guerra, filho da ministra, pratica tráfico de influência no governo. Em nota, ela nega e diz que a reportagem é caluniosa.

12 de setembro (domingo): O presidente Lula se reúne com Erenice à noite, no Palácio da Alvorada.

Erenice nega as denúncias, e Lula manda que ela seja rápida na sua defesa.

13 de setembro (segunda-feira): A Comissão de Ética Pública decide apurar se Erenice desrespeitou o código de conduta das autoridades do governo federal. Vinícius Castro, assessor da Casa Civil e amigo de Israel Guerra, pede demissão.

14 de setembro (terça-feira): Em reunião de Lula com ministros, incluindo Erenice, ficou decidido que a PF e a CGU abririam investigação para apurar as denúncias. Erenice solta nota virulenta, chamando o tucano José Serra de aético e candidato derrotado.

14 de setembro (terça-feira): Em reunião de Lula com ministros, incluindo Erenice, ficou decidido que a PF e a CGU abririam investigação para apurar as denúncias. Erenice solta nota virulenta, chamando o tucano José Serra de aético e candidato derrotado.

16 de setembro (quinta-feira): A Folha de S. Paulo publica que Israel Guerra, filho de Erenice, cobrou comissão para intermediar financiamento do BNDES.

ÚLTIMAS HORAS NO GOVERNO

Entre 8h e 8h15m de ontem: O ministro de Comunicação Social, Franklin Martins, vai ao encontro de Erenice, na residência oficial da Casa Civil.

Por volta de 9h: Franklin deixa a casa de Erenice, sem dar entrevista.

Ele teria ido avisar da decisão do presidente Lula de demiti-la.

Por volta das 11h: A saída de Erenice é dada como certa no Planalto.

Meio-dia: Erenice entrega sua carta de demissão ao presidente.

13h: Desta vez, como a notícia era negativa, é o porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach, que anuncia formalmente a demissão.

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